O maestro olavista Dante Mantovani não aceitou muito bem a sua exoneração da presidência da Fundação Nacional das Artes (Funarte). Em seu perfil no Facebook, Mantovani, notório por ser terraplanista e por ter associado o rock a “satanismo e aborto”, fez alusão ao atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, durante um ato de campanha das eleições de 2018, e afirmou que as primeiras demissões promovidas por Regina Duarte na secretaria da Cultura são uma nova facada desferida contra o presidente.
“Não é a primeira facada que meu presidente leva, a primeira no ventre e esta nas costas. E não é a primeira vez que permanecerei firme ao lado dele, no combate aos inimigos do Brasil”, diz um trecho da publicação. O texto divulgado pelo agora ex-presidente da Funarte enaltece os feitos de sua gestão ao longo de três meses. De acordo com o maestro, ele foi responsável por criar “o mais ambicioso programa cultural da história da instituição”. Segundo Dante Mantovani, tudo o que foi elaborado pela fundação em sua passagem “será entregue ao PSOL”.
Olavista, Dante Mantovani ficou conhecido por afirmar, em um dos vídeos em seu canal no YouTube, que o rock tem uma ligação com drogas, sexo, aborto e satanismo. “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”, afirmou.
Em um outro vídeo, Mantovani defendeu a influência de Olavo de Carvalho no governo de Jair Bolsonaro. Para o então presidente da Funarte, o guru, por ser um “filósofo”, deve influenciar ideologicamente o país. “Se nós temos um filósofo, em primeiro lugar, vamos ficar quietinho e aprender com ele”, disse.