MP denuncia segurança de Zambelli que disparou arma em confusão
Se condenado, policial militar pode pegar até oito anos de prisão

O Ministério Público de São Paulo denunciou, na quarta-feira, 1, o policial militar Valdecir Silva de Lima Dias, que fazia segurança para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na véspera do segundo turno das eleições de 2022, a parlamentar sacou uma arma no meio da rua, nos Jardins, para ameaçar o jornalista Luan Araújo, com quem havia discutido. Após uma correria, em meio à confusão, Dias, que também estava armado, deu um tiro para o alto. Ele acabou preso em flagrante e a deputada responde a processo no Supremo Tribunal Federal.
Para os promotores paulistas, que acusam o agente de dois crimes (constrangimento mediante violência e disparo de arma de fogo), cujas penas máximas, juntas, são de oito anos de cadeia, o policial ainda tentou agredir a vítima com chutes: “Imbuído do firme propósito de compelir Luan a se submeter, constrangendo-o dessa forma a fazer o que a lei não manda, Valdecir efetuou um disparo da arma de fogo em sua direção e, após, tentou novamente agredi-lo, desta vez com chutes”.
No depoimento, o policial militar disse que a arma disparou sem querer. “Corri atrás dele empunhando a arma e em um determinado momento o meu joelho operado “falhou”, vindo a falsear o passo, quase chegando a cair. Nesse instante, acidentalmente, a arma disparou”, afirmou Valdecir, no dia da detenção. Ele foi solto logo depois e aguarda os desdobramentos do caso em liberdade.
A denúncia agora será apreciada pelo juiz. Se aceita, Valdecir Dias se tornará réu.