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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Moro dá um tiro no pé ao pedir prisão perpétua para suspeitos de chacina

Ex-ministro de Bolsonaro e senador pelo Paraná entrou no debate sobre a morte de sete pessoas em Sinop (MT)

Por Da Redação
23 fev 2023, 14h56

O senador Sergio Moro (União-PR) defendeu que os responsáveis pela chacina em Sinop (MT) que terminou com sete mortos, incluindo uma criança de 12 anos, sejam “caçados, presos, condenados e abandonados na prisão pelo restante de suas vidas”. A publicação do ex-juiz e ex-ministro, no entanto, repercutiu mal no Twitter.

Autoridades, políticos e jornalistas lembraram que Moro, como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), assinou em 2019 um decreto que flexibilizou o acesso da população a armas. Além disso, alguns posts também criticaram o senador por pedir prisão perpétua, pena não prevista no ordenamento jurídico brasileiro.

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e autor de obras sobre direito penal, Marcelo Semer foi um dos que reagiram ao tuíte de Moro. “O populista penal é assim. Armas para todos (porque o cidadão de bem tem que poder enfrentar o bandido), e depois do estrago que elas causam, pede ‘prisão perpétua’ para parecer bem rigoroso”, escreveu o magistrado.

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O vereador de Niterói (RJ) Professor Tulio (PSOL) também atacou o senador. “Eu acabo de ler um tweet do Moro em que ele defende que os assassinos de Sinop sejam caçados e abandonados na prisão pelo resto da vida. Nada disso está na lei brasileira. Moro é um juiz de tribunal da milícia…”, disse.

No Twitter, vários perfis publicaram a imagem de Moro, ao lado de Bolsonaro, assinando o decreto que flexibilizou o acesso às armas. Nesta quarta, 22, o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, já havia relacionado a tragédia em Sinop à proliferação de armamentos e de clubes de tiro — que se tornaram numerosos na região Centro-Oeste do país. “Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’”, escreveu Dino no Twitter.

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