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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Milton Ribeiro é mais um ministro de Bolsonaro na luta contra a vacinação

Titular da Educação proíbe universidades e institutos federais de exigirem vacinação de alunos, servidores e funcionários na volta às aulas

Por José Benedito da Silva Atualizado em 30 dez 2021, 10h32 - Publicado em 30 dez 2021, 10h31

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, é mais um a ficar ao lado do presidente Jair Bolsonaro na luta contra o chamado passaporte da vacina – a exigência de comprovante de imunização contra a Covid-19 para permitir o acesso das pessoas a locais públicos e privados.

Em despacho publicado nesta quinta-feira, 30, no Diário Oficial da União, o ministro proibiu os diretores de universidades e outras instituições federais de ensino de exigirem comprovante de vacinação dos alunos, professores e funcionários na volta às aulas em 2022.

Para ele, exigir o passaporte da vacina seria a mesma coisa que impor a vacinação obrigatória, o que não é permitido no país. “A exigência de comprovação de vacinação como meio indireto à indução da vacinação compulsória somente pode ser estabelecida por meio de lei”, escreveu.

Segundo ele, no caso das universidades e institutos federais, ainda seria preciso uma lei federal – não uma exigência municipal ou estadual. De acordo com o ministro, as instituições de ensino podem apenas implementar os protocolos sanitários exigidos para o funcionamento das atividades.

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Milton Ribeiro se junta tristemente a outros integrantes do primeiro escalão do governo que, para agradar ao bolsonarismo e ao presidente Jair Bolsonaro, resolveram investir contra a vacina.

Antes deles, Mario Frias, secretário de Cultura, tentou impedir que comprovantes de vacinação fossem exigidos em shows financiados pela Lei Rouanet. Onyx Lorenzoni (Trabalho) também baixou portaria para impedir que as empresas demitissem funcionários que não se vacinassem – ambos foram derrotados na Justiça.

Isso sem falar no próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse que era “melhor perder a vida do que perder a liberdade” – no caso, a liberdade de não se se vacinar. Hoje, ele se dedica principamente a impedir a vacinação contra a Covid-19 em crianças.

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