A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro levaria vantagem sobre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em uma eventual disputa fora de hora ao Senado pelo Paraná, segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas.
A disputa pode acontecer caso o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) tenha o seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), que julga duas ações por irregularidades na sua campanha eleitoral.
No principal cenário pesquisado, Michelle teria 35,7% das intenções de voto, seguida pelo ex-senador Alvaro Dias (Podemos), com 24,4%, e Gleisi, que teria 16,2%. A esposa de Moro, a deputada Rosangela Moro, teria 7,4¨, logo à frente do ex-ministro e ex-deputado Ricardo Barros (PP), com 4,9%.
Outros 6,2% disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum, enquanto 3,7% afirmaram que não sabem ou não responderam. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar a vaga extemporânea ao Senado é uma ideia que agrada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo informação publicada pelo jornal O Globo. O estado tem um eleitorado simpático ao bolsonarismo – em 2022, Bolsonaro teve 62,4% dos votos válidos no estado, contra 37,6% de Lula no segundo turno.
Outros cenários
A pesquisa também sondou outros cinco cenários. Em dois deles, Michelle segue na liderança com percentuais que variam de 39,3% das intenções de voto a 44,3% — nessas simulações, Gleisi teria, respectivamente, 16,5% e 21,8%.
Nos cenários sem a ex-primeira-dama, Alvaro Dias lidera em dois deles, com os percentuais de 29,8% e 34,4%. O cenário sem Michelle e também sem Alvaro Dias é o único em que Gleisi aparece à frente, com 22,4%, empatada tecnicamente com o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), que tem 18,8%.
A pesquisa ouviu 1.556 eleitores no estado do Paraná entre os dias 19 e 23 de outubro.