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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Probabilidade de novo procedimento em Lula é de menos de 5%, dizem médicos

Intervenção nesta quinta-feira foi considerada bem sucedida e equipe médica diz que riscos de outro sangramento é muito baixo

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 dez 2024, 11h32 - Publicado em 12 dez 2024, 10h18

Submetido a um procedimento na manhã desta quinta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao seu quarto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Em uma rápida conversa com jornalistas, o médico Roberto Kalil Filho disse que o atendimento iniciou às 7h15 e “foi um sucesso”. Depois, em coletiva de imprensa, a equipe médica de Lula detalhou o estado de saúde do presidente, os próximos passos no processo de recuperação e afirmou que “é muito pequena a chance de ele voltar a sangrar”.

A intervenção da manhã desta quinta-feira é um procedimento complementar à cirurgia de terça-feira, 10, para impedir novos sangramentos na região do cérebro. Os médicos instalaram uma partícula, que compararam a uma gelatina, com menos de um milímetro de diâmetro, para entupir os vasos sanguíneos que nutrem de sangue a região em que houve a hemorragia. Desde a cirurgia de terça, Lula não teve mais sangramentos, o segundo procedimento foi feito de forma preventiva. O risco de um novo sangramento é muito baixo.

“Esse risco vai diminuindo exponencialmente ao passar dos dias. A cada dia que passa diminui muito esse risco”, disse o médico Rogério Tuma. “Com todo o procedimento, (o risco de um novo sangramento é de) menos de 5%”, acrescentou Tuma, que relembrou uma fala de Kalil de que “na medicina não existe nem zero, nem 100%”.

O procedimento desta quinta-feira não é considerado uma hemorragia porque o presidente não passou por uma anestesia, foi apenas sedado, explicou o radiologista vascular, José Guilherme Caldas, responsável pela intervenção. “É uma sedação simples porque o procedimento é chamado minimamente invasivo”. A recuperação demanda uma rotina de fisioterapia, mas os médicos garantem que em nenhum momento o presidente teve uma lesão cerebral. “Neurologicamente, ele está perfeito, está ótimo, conversando”, destacou o médico Marcos Stavale.

Ainda nesta quinta-feira, o dreno deve ser retirado. Lula permanece na UTI e é monitorado 24 horas por aparelhos. A partir de sexta-feira, 13, ele não precisará mais do monitoramento constante e deve deixar a unidade intensiva. A alta hospitalar está prevista para o início da próxima semana.

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Volta a Brasília

Segundo Kalil, a alta hospitalar deverá ser no começo da próxima semana. Ele não detalhou a data exata, mas disse que “um dia a mais, ou um dia a menos depende da evolução que tem sido muito boa”. O presidente já estará autorizado a voltar a Brasília assim que deixar o hospital, poderá despachar, mas com a orientação de um certo repouso por algumas semanas. “Ele estará em alta na segunda ou terça-feira, a programação é que irá direto para Brasília e, evidentemente, vai retomando aos poucos a sua atividade normal”, disse Roberto Kalil.

Na segunda-feira, 9, o presidente relatou a aliados dores de cabeça e foi submetido a um exame preliminar no Palácio do Planalto. A médica Ana Helena Germoglio afirmou que foi constatado um “quadro que se assemelhava a um quadro gripal”.

“Teve um episódio de febre. Os exames são compatíveis com um quadro viral, que ainda não conseguimos identificar o vírus responsável”, relatou Germoglio. “Mas os exames já se normalizaram, então, não há mais sinal sugestivo de doença viral. Pode ter sido uma concomitância de fatores que pode ter precipitado esse quadro inflamatório que chegou na hemorragia”, acrescentou.

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Após os exames com Ana Helena Germoglio, Lula ainda fez uma reunião com parlamentares e, depois, iniciou-se a operação para levá-lo a São Paulo, onde fica a equipe de confiança do médico do presidente. A hemorragia foi uma consequência do acidente doméstico de 19 de outubro, quando Lula bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

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