Maioria recusa apoio de Lula ou Bolsonaro a candidato em São Paulo
Pela primeira vez, levantamento da Genial/Quaest mostra preferência por candidatos independentes na eleição para a prefeitura da capital paulista
A maioria dos eleitores paulistanos gostaria de um prefeito que não fosse aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem do ex-mandatário Jair Bolsonaro. Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 30, mostra que a preferência por um candidato à prefeitura de São Paulo independente dos principais líderes políticos do país oscilou de 50% para 51%, na comparação com o levantamento publicado em junho.
A pesquisa também mostra que caiu o percentual do eleitorado que prefere um prefeito próximo a Lula: eram 29% no mês passado e, em julho, são 28%. A variação negativa é maior ao considerar um candidato relacionado a Bolsonaro – o contingente saiu de 19% para 16%. O recuo da aceitação por um aliado de Lula foi demonstrada, inclusive, entre os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) – ela foi de 47% para 42%. O movimento se repete, em menor escala, na relação de eleitores de Ricardo Nunes (MDB) e Bolsonaro. Em junho, 31% dos entrevistados que votariam no atual prefeito gostariam que ele fosse aliado do ex-presidente; agora são 29%.
O levantamento ainda questionou se os eleitores votariam “em um candidato desconhecido indicado” por Lula, Bolsonaro ou pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em relação ao presidente, 29% disseram que votariam em qualquer um que fosse indicado pelo petista, enquanto 66% se recusaria a votar em um desconhecido indicado por Lula. Alguém indicado por Bolsonaro teria o voto de 20% dos eleitores e seria negado por 75%. Já um candidato qualquer indicado por Tarcísio teria 25% dos votos, enquanto 68% recusariam a indicação do governador.
Empate triplo
Na intenção de votos, a pesquisa de julho mostrou três nomes empatados, pela margem de erro, em primeiro lugar. Nunes aparece com 20%, seguido por Guilherme Boulos e José Luiz Datena (PSDB), ambos com 19% das intenções de voto. Nunes e Boulos perderam dois pontos percentuais em relação à última pesquisa, enquanto Datena cresceu 2%.
A pesquisa ouviu 1.002 eleitores da capital paulista com 16 anos ou mais, entrevistados “face-a-face”. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, com nível de confiabilidade em 95%. Os dados foram coletados entre 25 e 28 de julho.