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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Maceió: ministério vê situação estável e risco de desabamento ‘localizado’

Terreno do bairro do Mutange, na capital de Alagoas, afundou 1,69 metro desde a última terça-feira

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 18h50 - Publicado em 3 dez 2023, 16h02

Em Maceió, o ritmo de afundamento do solo devido à atividade mineradora da Braskem está diminuindo e a situação caminha rumo à estabilização, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Em relatório publicado neste domingo, 3, especialistas do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM) avaliam que há “redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala” na capital de Alagoas.

De acordo com o documento, o deslocamento do terreno na região do bairro do Mutange desacelerou de 50 centímetros por dia, entre os dias 28 e 29 de novembro, para cerca de 15 centímetros diários no último sábado, 2. Na manhã de hoje, a Defesa Civil de Maceió informou que o solo afundou um total de 1,69 metro desde terça-feira e que o solo continua a ceder, aproximadamente, 70 milímetros por hora.

“A expectativa dos especialistas do SGB/CPRM, neste momento, é que, se houver desmoronamento, ocorrerá de forma localizada e não generalizada”, afirma o MME. A pasta explica, ainda, que o tremor de terra observado na madrugada de sábado foi registrado na direção da Lagoa de Mundaú, indicando “afastamento da situação de instabilidade da área original.”

Prefeito fala em “caminho para a estabilização”

Na tarde deste domingo, o prefeito João Henrique Caldas (PL) publicou um vídeo nas redes sociais comentando a situação da mina 18, no bairro do Mutange, no qual afirma que a tendência de diminuição da velocidade de afundamento da região permanece.

Segundo o prefeito, dos doze equipamentos que monitoram a área, apenas um está em alerta – no auge da crise, eram seis e todos na região com risco de colapso. “Não podemos, de forma alguma, garantir que aquilo é a estabilização, mas é um caminho para a estabilização”, diz.

Braskem menciona acordo anterior com o governo

No sábado, a Braskem, responsável pelas 35 minas de sal-gema existentes no subsolo de Maceió, afirmou em comunicado que a erosão do solo está concentrada na área da mina 18 e que as medidas de redução de riscos ocorrem dentro do cronograma aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

“Das 35 cavidades, 9 receberam a recomendação de preenchimento com areia. Destas, 5 tiveram o preenchimento concluído, em outras 3 os trabalhos estão em andamento e 1 já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia”, diz a nota. De acordo com a petroquímica, o plano de encher os poços de sal está previsto para conclusão em 2025.

Os primeiros tremores de terra relacionados à instabilidade das minas em Maceió foram registrados em 2018 – contudo, a Braskem interrompeu as atividades de mineração na capital somente um ano depois, em maio de 2019. A empresa diz que a realocação de moradores da área foi concluída em 2020 e que as últimas 23 pessoas que ainda habitavam o bairro foram removidas ontem por determinação judicial.

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