Centro de uma controvérsia entre advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a possibilidade de um pedido de prisão domiciliar foi vetada pelo próprio petista. A hipótese chegou a ser considerada como medida para facilitar sua participação em entrevistas ou na produção de vídeos de campanha.
Lula quer apostar tudo na reversão da decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que o condenou a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá. “Não troco a minha liberdade pela minha dignidade”, tem dito a interlocutores, já que uma eventual progressão de regime seria encarada como uma “gentileza” do Judiciário — e ficaria nisso.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, que representa Lula nos tribunais superiores, chegou a apresentar um pedido de domiciliar à 2ª Turma da corte. O advogado Cristiano Zanin Martins, que acompanha Lula desde o início, sentiu-se surpreendido e reafirmou o desejo de seu cliente. Já Pertence avalia, desde então, deixar a defesa do ex-presidente.