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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Lula e Petro pressionam Maduro a apresentar atas das eleições na Venezuela

Brasil e Colômbia fizeram declaração conjunta em que reforçam pedido pelos dados eleitorais desagregados após decisão da Justiça venezuelana

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2024, 21h40 - Publicado em 24 ago 2024, 20h33

Os governos do Brasil e da Colômbia fizeram uma declaração conjunta em que condicionam a credibilidade do processo eleitoral venezuelano à publicação, de forma transparente, dos dados das eleições. O documento foi publicado na noite deste sábado, 24, pelo Ministério das Relações Exteriores e ocorre após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ligado ao regime de Nicolás Maduro, ratificar a reeleição do presidente venezuelano, que está no comando do país desde 2012, após o quadro de saúde de Hugo Chávez se agravar.

A declaração afirma que os presidentes Lula e Gustavo Petro conversaram por telefone na sexta-feira e neste sábado. Eles afirmaram que “continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), das atas desagregadas por seção de votação”. Apesar de não reconhecer a vitória de Maduro, a declaração não condena a vitória de Maduro como já fizeram os presidentes da Argentina, Javier Milei, que chamou o venezuelano de ditador e teve sua embaixada esvaziada e a peruana Dina Boluarte, que reconheceu a vitória do opositor Edmundo González Urrutia. Diante desses posicionamentos, nenhum dos quatro maiores países do continente reconhecem a lisura das eleições na Venezuela.

“Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”, diz o comunicado de Lula e Petro. “A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade”, seguem.

A ratificação do Judiciário venezuelano, ligado ao regime de Maduro, de reconhecer a vitória do atual mandatário foi criticada na sexta-feira, 23, pela União Europeia e mais de dez países da América Latina, além da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os Estados Unidos da América, a Argentina, a Costa Rica, o Chile, o Equador, a Guatemala, o Panamá, o Paraguai, o Peru, a República Dominicana e o Uruguai divulgaram um comunicado conjunto rejeitando a decisão.

Tribunal declarou eleições legítimas

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou na quinta-feira, 22, que as eleições foram legítimas na Venezuela. Ocorre que a Corte é ligada ao regime de Maduro, assim como o Conselho Eleitoral Nacional, que declarou a vitória de Maduro com 51% dos votos.

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“O material eleitoral avaliado é certificado sem objeções e os resultados da eleição presidencial de 28 de julho divulgados pelo Conselho Eleitoral Nacional, onde Nicolás Maduro foi eleito Presidente da República são validados” disse Carysila Rodríguez, presidente do TSJ.

Confira a declaração de Brasil e Colômbia na íntegra:

“Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mantiveram ontem e hoje (23 e 24/8) conversas telefônicas sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela. 

Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

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A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade.

Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão.

Como países vizinhos diretamente interessados na estabilidade da Venezuela e da região, e testemunhas dos Acordos de Barbados, Brasil e Colômbia mantêm abertos seus canais de comunicação com as partes e reiteram sua disposição de facilitar o entendimento entre elas.

Brasil e Colômbia tomam nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral. Reiteram que continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE, das atas desagregadas por seção de votação. E relembram os compromissos assumidos pelo governo e pela oposição mediante a assinatura dos Acordos de Barbados, cujo espírito de transparência deve ser respeitado.

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Manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis.”

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