A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nas redes sociais do petista nesta segunda-feira a foto de um rosário que teria sido um “presente do papa Francisco“. O objeto religioso foi entregue por Juan Grabois, um advogado argentino ligado a movimentos sociais e que também é um dos consultores do Pontifício Conselho Justiça e Paz.
Em um vídeo gravado do lado de fora da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril, o argentino afirmou que trazia um terço “benzido pelo papa Francisco”. A reportagem procurou a Nunciatura Apostólica no Brasil para confirmar a origem do presente, mas não obteve resposta. O Vaticano também não se manifestou sobre o episódio.
Visitas religiosas
Às segundas-feiras, de acordo com a PF, o petista, assim como os demais presos do local, está autorizado a receber autoridades religiosas para “assistência espiritual”. Já visitaram o ex-presidente o teólogo Leonardo Boff, o religioso Frei Betto e o monge Marcelo Barros.
https://twitter.com/LulapeloBrasil/status/1006270102998831105
Grabois, porém, foi impedido de entrar. Do lado de fora do prédio, ele disse que foi barrado por não ser um “sacerdote consagrado”. O argentino contestou a justificativa apresentada, segundo ele, pelos funcionários da PF. “Todos os batizados são discípulos religiosos que têm uma missão a cumprir”, destacou. Ele disse, ainda, que iria embora chateado por não poder cumprir sua visita “por razões de natureza política”.