Líder da oposição critica tentativa de ligar atentado ao bolsonarismo
Filipe Barros afirmou que 'narrativas' tem o objetivo de atrapalhar andamento do PL da Anistia
Após as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o líder da oposição na Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR) criticou o que chamou de “mentirosas narrativas” que tentam vincular o ex-presidente Jair Bolsonaro e a direita brasileira ao autor do ataque.
Em uma publicação nas redes sociais, ele cobrou o andamento do projeto de lei que dá anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. “A liderança da oposição repudia as mentirosas narrativas que, de forma covarde, tentam vincular o presidente Bolsonaro e a direita brasileira ao autor do trágico episódio registrado em Brasília. Essa manobra rasteira tem o claro objetivo de atrapalhar o andamento do PL da Anistia – que será um passo crucial para a pacificação nacional”, escreveu.
Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu ao explodir uma bomba na frente do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, em Santa Catarina. Ele tinha artefatos explosivos presos ao corpo e também seria o dono do veículo que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Fogos de artifício e tijolos foram encontrados no porta-malas do carro.
No comunicado, Filipe Barros lembrou que Bolsonaro sequer estava filiado ao PL em 2020 — o presidente só entrou no partido no ano seguinte. “A esquerda, além de não se compadecer de um suicida, quer usar o corpo morto, ainda estirado no asfalto, para atingir seus objetivos políticos e enterrar o PL da Anistia, demonstrando absoluto desprezo pela dor dos familiares do homem. Em um momento no qual o Brasil clama por união, devemos lutar para que a verdade prevaleça sobre interesses políticos mesquinhos e narrativas distorcidas”, concluiu.
https://twitter.com/filipebarrost/status/1856934470789591102
Mensagens
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que Francisco tentou entrar no STF com os explosivos presos ao corpo, mas não conseguiu. Antes do ataque, Francisco deixou mensagens numa rede social e disse que a Polícia Federal tinha 72 horas para desarmar a bomba. Também citou os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso. Francisco ainda publicou uma foto dentro do plenário da Corte, tirada dias antes do ocorrido. “A raposa está no galinheiro”, anunciou.