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Lava-Jato vê ‘fortes elementos’ de lavagem de dinheiro por Wassef

Ex-advogado de Bolsonaro, que teria recebido R$ 2,7 milhões, foi alvo de mandado de busca e apreensão

Por Daniel Haidar
Atualizado em 9 set 2020, 11h18 - Publicado em 9 set 2020, 10h07
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  • Procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro veem “fortes elementos de prática de atos de lavagem de dinheiro” pelo advogado Frederick Wassef, que defendeu o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Isso porque Wassef, segundo eles, recebeu pelo menos 2,7 milhões de reais da Fecomércio-RJ entre dezembro de 2016 e maio de 2017.

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    Os procuradores investigam qual seria a real finalidade dos pagamentos. Wassef foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira, 9,  como parte de operação que investiga desvios milionários do sistema S por meio de escritórios de advocacia. As buscas foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio.

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    Wassef foi delatado pelo empresário Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ e ex-responsável pelo sistema S no estado. Em depoimento aos procuradores, Diniz afirmou que Wassef foi subcontratado pelo escritório da ex-procuradora Luiza Nagib Eluf, para “supostamente”, segundo os procuradores, supervisionar sindicâncias administrativas e investigações internas e acompanhar inquéritos policiais em delegacias.

    No entanto, os procuradores alegam que não foi informada pelo escritório de Eluf a prestação de “qualquer atividade profissional lícita” para Fecomércio-RJ. A força-tarefa cita resposta enviada pelo escritório a uma auditoria feita posteriormente pela Fecomércio-RJ, em que Eluf alegou que não teve nenhuma atuação em “feitos judiciais” e que “fora contratada para trabalhar em processos administrativos no âmbito interno da Fecomércio-RJ, e eventuais desdobramentos dos mesmos no âmbito judicial”.

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    Na delação, Diniz diz que “acredita” que Wassef não foi contratado diretamente pela entidade empresarial porque sua esposa “era dona de uma empresa de tecnologia de informação com problemas na justiça”. O ex-presidente da Fecomércio-RJ diz que Eluf foi indicada pelo empresário Marcelo Cazzo, a quem o Ministério Público atribui o papel de articulação dos desvios por meio de escritórios de advocacia.

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    A força-tarefa constatou que o escritório da ex-procuradora recebeu 4,6 milhões de reais da Fecomércio-RJ por esse contrato, entre dezembro de 2016 e maio de 2017. Desse total, pelo menos R$ 2,7 milhões foram transferidos por ela para Wassef, de acordo com as investigações. Os procuradores ainda investigam como esse dinheiro foi utilizado. Ao responder aos procuradores sobre qual foi a verdadeira prestação de serviços de Eluf e Wassef, Diniz disse em depoimento apenas que “a contratação não valeu a pena, tampouco pelos valores que foram cobrados pelo contrato”.

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