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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Governo rebate Sebastião Melo sobre falta de ajuda a abrigos: ‘É mentira’

Secom contesta entrevista do prefeito de Porto Alegre a VEJA e diz que destinou 3,11 milhões de reais em verba para demandas básicas das vítimas das chuvas

Por Da Redação Atualizado em 24 jun 2024, 18h39 - Publicado em 24 jun 2024, 18h37

O governo federal disse que é “mentira” a afirmação do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não colocou nenhum centavo nos abrigos” da capital gaúcha após a tragédia climática que se abateu sobre o estado.

A declaração de Melo foi dada em entrevista publicada no site de VEJA no domingo, 23. “Tivemos cerca de 15.000 pessoas em 160 abrigos, comandados por voluntários da cidade que merecem de nós um monumento. Hoje são cerca de 3.000, sem contar as pessoas em casas de parentes. O governo federal diz que vai resolver o problema. Porto Alegre hoje dispõe de 1.000 imóveis entre novos e usados que chegam na faixa dos 170.000 a 200.000 reais. Para ser contra a cidade acolhedora, acho que o presidente Lula já deveria ter comprado esse lote. Mas não. Não compra imóvel, não apresenta alternativa e ainda não coloca um centavo nos abrigos”, afirmou o prefeito – leia a entrevista completa aqui.

A gestão Lula rebateu por meio de nota da Secretaria de Comunicação Social (Secom). “É mentira que o governo federal não dedicou recursos para os abrigos em Porto Alegre. A verdade é que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destinou 3,11 milhões de reais em recursos para a prefeitura da capital gaúcha atender às demandas básicas da população por alimentação, abrigo e serviços de acompanhamento social”, afirma.

Segundo a gestão federal, cerca de 25 mil moradores já foram atendidos com os repasses na capital. Até sexta-feira, 20, completa, o MDS disponibilizou mais de 28,8 milhões de reais para 97 municípios gaúchos que solicitaram o recurso para estruturar e manter alojamentos provisórios. “Até a referida data, foram 154.573 mil pessoas acolhidas nesses locais, desde o início das chuvas intensas no estado”, diz a nota.

De acordo com o governo federal, o objetivo do MDS é fortalecer a capacidade de gestão dos municípios para que eles consigam atender às demandas básicas da população por alimentação, abrigo e serviços de acompanhamento social. Materiais de limpeza e higiene, cobertores, colchões, dentre outros itens, são adquiridos com os recursos disponibilizados via fundo municipal e que são liberados em cerca de 72 horas após o requerimento feito junto ao MDS.

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“As ações em parceria com o estado e os municípios já reduziram de 80% para 20%, aproximadamente, o número de pessoas alojadas em relação ao momento mais crítico do desastre no Rio Grande do Sul. O MDS repassa um valor destinado ao município, que leva em conta a quantidade de pessoas desabrigadas”, afirma o governo.

Disputa política

Reportagem de VEJA desta semana mostra que as críticas do prefeito a Lula embutem um raciocínio eleitoral: é um antídoto para a quase certa estratégia de sua principal adversária, Maria do Rosário (PT), de tentar capitalizar as ações federais no estado e na cidade.

Pesquisa feita pelo instituto AtlasIntel entre 9 e 14 de junho mostra que Rosário tem ligeira vantagem sobre Melo: ela possui 30,2% das intenções de voto contra 24,8% do adversário — a margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

 

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