Com o governo na berlinda, tendo que explicar como um militar da Aeronáutica foi flagrado com 39 quilos de cocaína no avião presidencial reserva em Sevilha (Espanha) — o episódio foi revelado pelo blog Radar — , o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sergio Moro, teve de publicar um tuíte nesta quarta-feira, 26, Dia Internacional de Combate às Drogas, para lembrar o que o país está fazendo para coibir o tráfico.
“Aliando ações preventivas e foco nas apreensões e na asfixia do poder econômico dos narcotraficantes, o combate às drogas ganha reforço contínuo e diário no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)”, escreveu a pasta nas redes sociais. Entre as medidas, o governo cita o confisco e o leilão de bens de traficantes, o uso do dinheiro no aparelhamento das polícias, em campanhas educativas e de ação comunitária, a erradicação do plantio e a apreensão de drogas e a cooperação internacional, principalmente com vizinhos, como o Paraguai.
O ministério cita, ainda, práticas novas para flagrar o uso de drogas ilícitas — maconha, cocaína, anfetaminas e metanfetaminas —, como um aparelho, semelhante ao bafômetro, que será usado em motoristas.
Os comentários no post, no entanto, tiveram outro foco: a apreensão de cocaína no avião presidencial reserva. Veja abaixo alguns dos comentários:
Não foi a primeira situação constrangedora de Moro e seu ministério provocada pelo episódio da cocaína no avião da FAB. No mesmo dia em que um militar da Aeronáutica foi detido em Sevilha, Moro estava conhecendo a agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA (Drug Enforcement Administration), em Washington. A visita foi uma entre várias que o ministro fez a órgãos de combate ao tráfico de drogas nos Estados Unidos.