Governador de Alagoas afastado do cargo lidera com 48,1%, aponta pesquisa
Apoiado por Lula e Renan Calheiros, Paulo Dantas (MDB) segue como favorito. Rodrigo Cunha (União), que tem apoio de Arthur Lira, tem 38,2% das intenções

Mesmo com a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que afastou do mandato o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), na terça-feira 11, ele continua liderando a disputa pelo governo estadual no segundo turno. O processo em curso não o impede de concorrer à reeleição. De acordo com levantamento do instituto Paraná Pesquisas realizado em Alagoas entre os últimos dias 9 e 13, Dantas tem 48,1% das intenções de voto na pesquisa estimulada (quando são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados), contra 38,2% de seu adversário, Rodrigo Cunha (União Brasil). Os que pretendem anular ou votar em branco são 7,4%, e os que não souberam ou não responderam são 6,4%. A margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais.
Se forem considerados apenas os votos válidos, excluindo nulos e brancos, Dantas tem 55,7%, e Cunha, 44,3%. No primeiro turno, eles obtiveram nas urnas, respectivamente, 46,64% e 26,79% dos votos. Dantas é apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e pelo candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já Cunha tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O Paraná Pesquisas entrevistou 1.510 eleitores em 34 municípios alagoanos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o número AL-08594/2022. No primeiro turno da eleição presidencial, o instituto foi o que mais se aproximou do resultado das urnas, consideradas as sondagens divulgadas na véspera e na antevéspera da votação.
Nesta quinta-feira, 13, a Corte Especial do STJ decidiu manter Paulo Dantas afastado do cargo de governador até o final do atual mandato, em 31 de dezembro. Ele é suspeito de ter comandado um esquema de contratação de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa de Alagoas que, segundo a Polícia Federal, desviou 54 milhões de reais. Ele nega ter cometido crimes e diz que a ação da PF é uma tentativa de interferência no pleito estadual para beneficiar o adversário apoiado por Arthur Lira.