O nome de Marisa Letícia Lula da Silva, a segunda mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a circular nas redes sociais neste sábado, 10, depois de uma mensagem de felicitação pelos 44 anos do PT ter sido postada em duas versões no perfil oficial do petista. Na primeira, a lembrança de que foi ela a responsável por costurar uma estrela branca em um pano vermelho – símbolo do partido até hoje – foi delatada do texto original, publicado no site da Fundação Perseu Abramo. Mas retornou após um dos filhos do casal reclamar publicamente.
Pelo X (antigo Twitter), o empresário Luis Claudio Lula da Silva afirmou que “infelizmente tem acontecido umas coisas estranhas, mas que a história da mãe não há quem apague”. Luis é um dos quatro filhos que Marisa teve com Lula. Ele comentou uma postagem que explica a edição feita no texto da carta: “No começo, era só um retalho de pano vermelho, que a Marisa pegou e costurou uma estrela branca por cima”. No original, o trecho inclui a ex-primeira-dama: “No começo, era só um retalho de pano vermelho, que a Marisa pegou e costurou uma estrela branca por cima”.
https://twitter.com/LuisLulaDaSilva/status/1756485536401801585
A polêmica foi resolvida horas depois, com o retorno do nome de Marisa ao texto original, mas sem passar despercebida. Na sequência, internautas começaram a postar uma série de fotos com o lema “Marisa presente”. A ex-primeira-dama morreu em 2017, aos 66 anos, após sofrer um AVC hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma.
https://twitter.com/ctorrini/status/1756380133475193162
Na carta original, Lula diz que por trás da bandeira improvisada por Marisa havia uma determinação muito sólida, de mudar a história do Brasil. “E nós mudamos. O PT nasceu enfrentando a ditadura. E ajudou o Brasil a vencer a ditadura. O PT cresceu num momento em que o povo não tinha direitos. E com apenas oito anos de existência ajudou a gravar na Constituição os direitos do povo brasileiro”, escreveu. E continuou: “Aos 44 anos, temos que avançar ainda mais, mas sem esquecer de onde viemos. Retornar às nossas raízes, ao mesmo tempo em que nos renovamos para vencer novos desafios da era digital. É preciso percorrer de novo o Brasil, ocupar as ruas, conversar com as pessoas nos bairros, igrejas, locais de trabalho, movimentos sociais, universidades. Jamais perder de vista a sabedoria do povo brasileiro. Mas é preciso também promover o debate nas redes sociais. Combater o ódio, a desinformação e as fake news”.