As manifestações lideradas pela esquerda em todo o país neste sábado, 2, contra o presidente Jair Bolsonaro tem mostrado uma tentativa maior da esquerda de recuperar a bandeira do Brasil, que desde os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2015, se tornaram quase um símbolo das manifestações de direita, em especial do bolsonarismo.
O discurso “patriótico” tornou-se frequente nas bocas de Bolsonaro e seus seguidores. Um dos bordões preferidos dos militantes desse espectro ideológico é que “nossa bandeira jamais será vermelha”.
As cores vermelhas marcam as identidades visuais da maioria das grandes organizações de esquerda no país, como os partidos PT, PCdoB, PSB e PSTU, movimentos como MST (sem-terra) e MTST (sem-teto) e entidades sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
“Nossa bandeira jamais será fascista”, postou o senador Humberto Costa (PT-PE), durante protesto em Recife. “Essa é a nossa bandeira”, ecoou outro senador, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no Twitter.
https://twitter.com/senadorhumberto/status/1444297601029914631?s=20
https://twitter.com/randolfeap/status/1444317886068240384?s=20
No Rio de Janeiro, manifestantes exibiram mastros com bandeiras do Brasil esfarrapadas para demonstrar que elas foram destruídas por Bolsonaro.
Os deputados Marcelo Freixo e Alessandro Molon, ambos do PSB, postaram fotos com a bandeira do Brasil, assim como a vice-prefeita de Recife, Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB.