Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Escolas cívico-militares: PM e manifestantes entram em confronto na Alesp

Policiais usam golpes de cassetete para impedir invasão do plenário por opositores ao projeto; PT fala em sete feridos

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 21 Maio 2024, 18h46

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi palco de mais um dia de confusão entre manifestantes e Polícia Militar na retomada de votação do projeto das escolas cívico-militares no estado, na tarde desta terça-feira, 21. Na última semana, a audiência para discutir a matéria também foi marcada por bate-boca.

Manifestantes, a maioria jovens e estudantes, protestaram contra a proposta que pretende regulamentar a modalidade de ensino e entraram em confronto com policiais militares após terem a entrada proibida nas galerias (área em que o público acompanha votações e discussões da sessão).

Segundo o presidente da Casa, o deputado André do Prado (PL), a medida foi necessária porque manifestantes tentaram invadir o plenário, que já estava com a capacidade máxima de pessoas.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram dezenas de policiais desferindo golpes de cassetetes e empurrando manifestantes com escudos para conter a invasão.

Segundo o relato de parlamentares, o embate teve início quando dezenas de estudantes contra o projeto se concentraram no corredor que dá acesso ao Salão dos Espelhos — uma das entradas para o plenário –, onde policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) estavam posicionados.

Continua após a publicidade

Após tentativas de se avançar sobre esse bloqueio, começou o empurra-empurra e os policiais tentaram conter os manifestantes com escudos e cassetetes. Segundo a deputada Marcia Lia (PT), sete pessoas se machucaram.

View this post on Instagram

A post shared by Prof. Carlos Giannazi (@carlosgiannazioficial)

No plenário, o presidente André do Prado teve que interromper em diversos momentos as falas de deputados que antecedem a votação devido ao barulho na galeria, onde manifestantes contra e a favor do projeto entoavam vaias e palavras de ordem. “Estou pedindo silêncio para vocês. Tem uma deputada agora que fará o encaminhamento. Como vocês são educados, são bem-vindos nessa Casa pelo sistema democrático, a deputada vai agora se pronunciar. A hora que acabar a sessão vocês continuam fazendo a manifestação de vocês”, disse.

Continua após a publicidade

Lia disse que a bancada tentou mediar um acordo para encerrar a confusão, mas sem sucesso. “Para que a gente tenha o bom senso imperando, e possamos tirar todos aqueles policiais que estão ostensivamente lá fora tentando nos intimidar. Infelizmente, o bom-senso não imperou nesta Casa. Quero deixar registrado que, se houver algum confronto, e se alguém mais, além dos sete que estão machucados, se machucar, a responsabilidade é da Mesa Diretora”, disse.

André do Prado rebateu. “A responsabilidade não é nem da Mesa, será minha. Eu não permiti que se ocupasse toda a galeria, porque houve invasão do plenário, tentaram tomar o plenário desta Casa. E jamais vou deixar isso acontecer”, disse.

O projeto

Uma das principais bandeiras “sobreviventes” do bolsonarismo, as escolas cívico-militares têm tido dificuldade para “emplacar” em São Paulo.

Continua após a publicidade

Em março, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) enviou à Assembleia Legislativa (Alesp) o projeto para regulamentar a modalidade de ensino no estado já ambicionando ampliar o número de unidades — atualmente, são dezesseis.

Segundo deputados da base de Tarcísio e favoráveis ao texto, tanto a oposição quanto a própria Alesp têm criado obstáculos para a tramitação. “É ano de eleição e a Casa está funcionando a passos lentos. A oposição não quer o projeto e fica usando regimento para postergar. Obstruindo, lendo relatório, colocando requerimento. Criando desgaste”, diz o parlamentar.

O texto enviado pelo governo prevê que o programa de escolas cívico-militares seja implantado na rede pública de ensino fundamental e médio, em unidades já existentes ou em escolas novas.

Continua após a publicidade

Para isso, o governo deverá considerar índices de vulnerabilidade social e rendimento escolar, além de consultar a aprovação da militarização, por meio de consulta pública, entre a comunidade escolar.

O movimento para regulamentar o modelo próprio de escolas cívico-militares em âmbito estadual ganhou tração após o Ministério da Educação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir encerrar o programa federal que tratava da modalidade, em julho do ano passado. Em dezembro, Tarcísio anunciou que manteria o projeto estadual e que enviaria o texto à Alesp.

No quadro geral, um dos planos do governo paulista é alçar o estado ao primeiro lugar do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), que mede o fluxo escolar e o desempenho de alunos da rede pública. A ampliação do programa cívico-militar é uma das estratégias para atingir essa meta: a ideia é que, inicialmente, as unidades deste modelo sejam implementadas em escolas com baixo desempenho no indicador.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.