Em vídeo, Bolsonaro convoca manifestantes para ato em 16 de março; assista
Ex-presidente disse que 'fora Lula em 2026' é uma das pautas e pediu aos apoiadores que 'procurem saber' quem está organizando atos em outras cidades

Em vídeo divulgado nas suas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou, nesta segunda-feira, 17, seus apoiadores a estarem presentes na manifestação do dia 16 de março, para pedir, dentre outras pautas, o “fora Lula em 2026” e a anistia aos condenados por invadir e depredar as sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
– 16/março, 10h.
– Copacabana/RJ.
– Você está convidado.
– Anistia humanitária.
– Fora Lula 2026.
– Jair Bolsonaro/Silas Malafaia. pic.twitter.com/bLscuwJmH2— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 17, 2025
Na convocatória, o ex-presidente também confirmou que não irá ao ato de São Paulo — ele disse que marcará presença no ato que o pastor Silas Malafaia, um dos seus maiores aliados, está organizando em Copacabana, no Rio. Bolsonaro pediu aos seus apoiadores que “procurem saber” quem está organizando o ato na sua cidade.
“Eu peço a você que vai participar em outros municípios, procure saber qual é a pauta e quem estará organizando esse momento”, disse o ex-presidente. O ato de São Paulo está sendo puxado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), desafeto de Bolsonaro desde as eleições de 2022, quando ela perseguiu à mão armada um homem pelos Jardins, na zona sul da capital paulista, na véspera do segundo turno. No ato do 7 de setembro passado, ela ficou fora do trio elétrico onde estavam os aliados mais próximos do ex-presidente.
Bolsonaro disse que o ato de 16 de março terá como bandeiras “liberdade de expressão, segurança, custo de vida, ‘fora Lula em 2026’ e anistia já”. Depois dos acenos feitos pelo novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrindo a possibilidade de discutir anistia e falando que o 8 de janeiro não foi uma tentativa de golpe, o clã do ex-presidente e ele próprio se animaram com a possibilidade da proposta andar na casa. Além de libertar os executores dos atos radicais, o projeto de lei também anistiaria Bolsonaro e reverteria suas condenações à inelegibilidade.
O pedido do impeachment de Lula deve ficar de fora dessas manifestações. Além do alto custo político desse processo, não há unanimidade entre os bolsonaristas em torno da pauta.