Em um mês, Lira já mandou três recados sobre a reforma administrativa
Presidente da Câmara tem alertado o governo sobre a necessidade de discussão do tema ainda neste ano
Com o encaminhamento da reforma tributária no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem insistido pelo resgate da discussão da reforma administrativa na Casa. Apenas no último mês, foram ao menos três declarações públicas, todas em eventos com empresários, sobre a urgência do tema — em meio a apelos para que o governo comece a olhar com atenção para a proposta.
Na última segunda-feira, 21, o cacique defendeu em evento promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) a aprovação da medida como forma de controlar as despesas públicas e relembrou que o texto está pronto para ser votado em plenário. “Temos que discutir despesas o tempo todo, já que não podemos aumentar impostos (…). A Câmara tem uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de reforma administrativa em comissão especial. Precisamos do apoio do governo para não tirar direito adquirido de ninguém, mas permitir o controle das despesas no futuro”, afirmou.
O tom foi o mesmo utilizado por Lira em outros dois eventos com empresários entre o fim de julho e começo de agosto, em São Paulo e em Brasília, nos quais defendeu a “mobilização de todos” a favor da reforma administrativa.
Deputados ouvidos pela reportagem, no entanto, dizem que o tema não tem sido discutido com os líderes partidários. “Não se tem conversado entre os líderes, de forma alguma”, diz o líder do PDT André Figueiredo (CE). “Podemos até topar um modelo de reforma administrativa, mas nunca, em nenhuma hipótese, a que foi aprovada ano passado na comissão especial. Nenhuma reforma que possa prevaricar o serviço público brasileiro e nem sucatear o Estado”, diz o parlamentar.
PEC
A PEC da reforma administrativa foi enviada à Câmara em 2020, durante o governo Jair Bolsonaro, com a introdução de mudanças na estrutura da administração pública a novos funcionários. A matéria foi aprovada na comissão especial em setembro de 2021, com relatoria do deputado Arthur Maia (União-BA). Desde então, nunca mais andou.
Lais Souza: “A esperança voltou”
Quem são os chefões do Comando Vermelho mortos na megaoperação do Rio
Presídio abre espaço para receber Jair Bolsonaro
Bolsonaro rifa Amin para tentar eleger Carluxo ao Senado em Santa Catarina
A reação de Lula ao ser aconselhado a decretar intervenção na segurança do Rio







