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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Em São Paulo, Lula tenta colar imagem de ‘pai de família’ a Boulos

Presidente participou de dois comícios com o deputado do PSOL que disputa as eleições municipais na capital paulista

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2024, 19h09 - Publicado em 24 ago 2024, 18h48

O presidente Lula esteve, neste sábado, 24, em dois palanques de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo. Pela manhã, no Campo Limpo, o evento foi direcionado à população da Zona Sul. Pela tarde, com cerca de duas horas de atraso, iniciou um comício em São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital. Em apoio ao psolista, o presidente levou quatro ministros à capital paulista, criticou adversários na disputa paulistana e pintou a figura de “pai de família” ao candidato do PSOL, que frequentemente é lembrado como um radical pelo seu passado nas manifestações do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Em São Miguel Paulista, o petista se abraçou na esposa de Boulos, Natalia Szermeta, para lembrar do histórico do candidato psolista, que negou o conforto de uma família da classe média paulistana para viver na periferia. “Essa menina convenceu ele a deixar o centro e morar na periferia de São Paulo para ele conhecer como é que vivem os milhões de invisíveis neste país”, disse Lula. Pela manhã, no Campo Limpo, bairro onde o psolista vive, o presidente fez uma referência às duas filhas de Boulos: “Você tem que cuidar de São Paulo como você cuida de suas meninas, como você cuida da sua família, com carinho, com respeito”.

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Psolista “fez o L” em comício na Zona Sul de SP e é uma das grandes apostas do PT nas eleições municipais  (Leandro Paiva/Divulgação)

Mesmo quando se referiu ao passado de Boulos no MTST, Lula fez questão de deixar marcada a capacidade de diálogo do psolista, que foi preso três vezes em manifestações – fato que é usado pelos adversários na disputa eleitoral. “Eu conheci o Boulos fazendo protesto em frente ao meu apartamento em São Bernardo do Campo, em 2005”, contou Lula. “Quem é esse moleque que está na porta do presidente falando desaforo para o presidente? Ao invés de ficar nervoso, nós conversamos e eu passei a conhecer a qualidade de militância política do companheiro Boulos”, acrescentou.

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Durante a ida a São Paulo, Lula fez gravações para o programa eleitoral de Boulos. Já no dia 30, estreia do horário dedicado às eleições na televisão, o presidente deve aparecer na casa do psolista com objetivo de retirar a pecha de radical e ligá-lo à imagem de um homem ligado à família. O objetivo é ampliar a base de paulistanos que votaram no petista e irão apoiar Boulos nas urnas – segundo levantamento do instituto Datafolha, divulgado na quinta-feira 22, 44% dos eleitores que votaram em Lula irão votar em Boulos –, além de tentar reduzir o estrago causado pelas acusações, sem provas, de Pablo Marçal (PRTB) de que o psolista seria um usuário de drogas, que nunca trabalhou.

Críticas aos adversários

Os palanques também serviram para atacar os adversários. No comício da Zona Leste, Boulos criticou o atual prefeito. “O Ricardo Nunes está há três anos e meio. E sabe o que ele fez? O legado dele? Pior do que nada”, disse o candidato do PSOL sobre o emedebista, mas Marçal foi o alvo preferencial das críticas, chamado de “aquele sujeito” pelo ministro da Fazenda ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

“A concorrência está muito fraca”, afirmou Haddad. “Nós vamos ter condições de discutir ideias para São Paulo e aí, aquele sujeito que quer fazer prédio de 1.000 metros de altura, teleférico… Nós temos que entender um fenômeno: você já percebeu, Boulos, que todo o mau caráter quer se passar por louco? Mas não deixa de ser mau caráter”, acrescentou o ex-prefeito.

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Marina Silva fez uma referência indireta à tática agressiva do coach para se esquivar de discussões mais urgentes. “Essas pessoas têm estratégia muito simples, ao invés de debater o problema da mudança climáticas, essas pessoas ficam na lógica da desqualificação”, disse a ministra do Meio Ambiente. Além de Marina e Haddad, os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) também compuseram o palanque de Boulos.

Lula comparou o coach a uma “raposa no galinheiro” e lembrou dos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, que usaram a imagem do anti-político para se eleger e não conseguiram terminar seus mandatos à frente da Presidência da República.

“Eu estou vendo a campanha agora e estou vendo algumas pessoas dizerem: ‘eu não sou da política, aquele não presta, aquele é ladrão. Eu não sou da política. Vote em mim porque eu não sou da política. Eu sou honesto’”, afirmou Lula. “Jânio Quadros dizia isso e só durou seis meses na Presidência da República, o Collor de Mello dizia isso e só durou dois anos na Presidência da República”.

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Já a candidata a vice-prefeita, Marta Suplicy, lembrou do influenciador digital e pôs em xeque a credibilidade do candidato do PRTB. “Nós não queremos digital. A gente quer gente como a gente, a gente quer gente de verdade”, afirmou a ex-prefeita.

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