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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Comício no bairro de Boulos marca a entrada oficial de Lula na campanha

Presidente começa o dia com evento em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, e depois vai a outro ato eleitoral na região leste

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 23 ago 2024, 15h03 - Publicado em 23 ago 2024, 14h19

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em São Paulo neste sábado, 24, para participar da primeira agenda de rua da chapa Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) à prefeitura da capital paulistana desde o início oficial da campanha, na semana passada.

Principal cabo eleitoral do país, o petista reforçará o apoio à coligação no momento em que as pesquisas de intenção de voto apontam crescimento expressivo de Pablo Marçal (PRTB), cujo desempenho já está em pé de igualdade com Boulos e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), líderes da disputa. A agenda, no entanto, estava marcada antes da divulgação das últimas pesquisas.

A eleição de Boulos é considerada prioridade número 1 para Lula e estratégica nos seus planos para 2026. A programação da campanha do candidato do PSOL tem duas agendas previstas com o presidente.

Agenda

Pela manhã, Lula participará de um comício na praça central de Campo Limpo, bairro onde Boulos mora, na zona sul da cidade. Foi após um café da manhã em sua casa que o candidato do PSOL partiu para uma caminhada no bairro para marcar o início simbólico de sua campanha, na semana passada.

No sábado à tarde, Lula vai a um comício na Praça Aleixo Monteiro Mafra, em São Miguel, na zona leste. Nos dois eventos são esperadas as presenças de ministros de estado e parlamentares de partidos que fazem parte da coligação.

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A campanha de Boulos planeja ainda duas outras agendas com a presença de Lula até o primeiro turno da eleição. No entorno do candidato, a avaliação é de que a associação à imagem do presidente contribuirá para o crescimento das intenções de votos, principalmente nos bairros periféricos e entre os mais pobres.

Durante a pré-campanha, Lula esteve com Boulos em um ato promovido pelas centrais sindicais em comemoração à passagem do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Ao discursar no evento, Lula comparou a eleição em São Paulo a uma “guerra” e fez pedido explícito de votos a Boulos, o que é proibido em período de pré-campanha. A fala rendeu um processo na Justiça Eleitoral e multa por propaganda antecipada.

Lula também esteve na convenção que referendou a candidatura de Boulos e Marta, no final de julho. Para o evento, o presidente escalou ao menos oito ministros, além de deputados federais de partidos da coligação.

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Cenário embolado

Desde o ano passado até o início oficial da campanha, Boulos disputava com Nunes a liderança numérica das intenções de votos apontadas por pesquisas feitas por diferentes institutos. Nesta semana, no entanto, três deles (AtlasIntel, Datafolha e Paraná Pesquisas) registraram um crescimento significativo de Pablo Marçal e a aproximação dele com os líderes.

Os levantamentos foram feitos após três debates entre os candidatos, nos quais Marçal foi acusado de descumprir regras e proferir ataques sem provas contra adversários, além de replicar trechos de vídeos na internet, o que levou Boulos, Nunes e José Luiz Datena (PSDB) a cancelarem suas participações no último deles, promovido por VEJA em parceria com a ESPM e com o escritório Bonini Guedes Advocacia.

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