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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Em menos de 1h, Lula é convocado para depor em CPI e desconvocado

Ex-presidente é chamado para falar sobre irregularidades no BNDES, mas protesto de senadores petistas, que viram ‘fato político’, faz comissão rever decisão

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h45 - Publicado em 12 set 2017, 19h09

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convocado para prestar depoimento na CPI do BNDES, que apura irregularidades na concessão de empréstimos e desvios de recursos no banco estatal e desconvocado na mesma tarde, menos de uma hora depois, após um estridente protesto dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Paulo Rocha (PT-AP), que não estavam presentes na hora da votação.

O requerimento havia sido proposto pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), que justificou a convocação dizendo que o ex-presidente é “constantemente citado em diversas delações premiadas como o coordenador de articulações pouco transparentes em relação às concessões de empréstimos via BNDES a empreiteiras investigadas no esquema do chamado petróleo, para a realização de obras no exterior”.

“As operações se destinavam, sobretudo, a nações sem apego à democracia e, não raro, alinhadas ideologicamente com o governo brasileiro de então, num suposto esquema de direcionamento de recursos subsidiados, em troca de favores financeiros eleitorais e pessoais, como a suspeita de financiamento do instituto comandado pelo ex-presidente, por meio de palestras, segundo investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato”, disse Martins.

O mesmo Lasier aprovou requerimentos para convocar para depor o ex-ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT), Guido Mantega (que também presidiu o BNDES), e Luciano Coutinho, outro ex-presidente do banco estatal no governo petista.

Lindbergh, que chegou depois da aprovação, atacou duramente o presidente da CPI, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por ter colocado os requerimentos em votação sem que isso estivesse na pauta de convocação da CPI.

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“Vossa Excelência passou por cima do regimento para criar um fato político em cima do presidente [sic] Lula na véspera de ele prestar depoimento”, disse, em referência à audiência do petista com o juiz Sergio Moro, em Curitiba, nesta quarta-feira, em processo que apura se dinheiro de propina da Odebrecht bancou um terreno para o Instituto Lula – que nunca foi usado – e um apartamento vizinho ao que Lula mora, em São Bernardo do Campo.

“Vossa Excelência está dando um golpe”, atacou. Alcolumbre respondeu: “Essa é uma palavra que está na boca de Vossa Excelência há alguns meses já”, disse o senador, que, ao final, concordou – de “forma excepcional”, salientou – em aprovar outro requerimento, de Lindbergh, para desconvocar Lula. As convocações de Mantega e Coutinho foram mantidas.

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