Dino demite policiais rodoviários envolvidos na morte de Genivaldo
Homem morreu por asfixia após ser trancado no porta-malas de viatura da PRF e inalar gás lacrimogêneo, em Sergipe
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que assinou a demissão de três policiais rodoviários federais envolvidos no caso de Genivaldo de Jesus Santos, morto por asfixia em maio de 2022, em Umbaúba, Sergipe.
“Estou assinando a demissão de três policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas”, escreveu Dino na rede social X, o antigo Twitter.
O ministro também determinou a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal para eliminar possíveis falhas. “Estamos trabalhando com estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a lei, melhorando a segurança de todos”, declarou.
Em agosto, o processo administrativo disciplinar da PRF que apurava o caso foi concluído e recomendou a demissão dos policiais. Genivaldo morreu por asfixia após ser trancado pelos agentes no porta-malas de uma viatura e inalar gás lacrimogêneo. Ele foi parado pela polícia por andar sem capacete. Na época, vídeos que mostravam a abordagem indevida rodaram o país. Os envolvidos na ação, William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, estão presos desde outubro de 2022. O caso ainda não foi a julgamento.