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Desafeto de Rodrigo Maia vira o novo vice-líder de Bolsonaro na Câmara

Diego Garcia (Podemos-PR), que vive pedindo a saída do presidente da Casa, é um dos novos quatro porta-vozes do governo; Carla Zambelli também ganhou posto

Por Da Redação 10 jul 2020, 16h29
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  • O presidente Jair Bolsonaro vem se esforçando nos últimos dias para tentar criar uma base mais sólida no Congresso, apoiado principalmente em parlamentares experientes do chamado Centrão. Para isso, tem tentado diminuir o peso de deputados radicais, que mais atrapalham do que ajudam na hora que o governo precisa de articulação para conseguir votos ou fazer andar suas propostas.

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    Na noite de quinta-feira 9, o presidente, orientado pelo ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), seu articulador político no Congresso, ele trocou quatro vice-líderes do governo na Câmara. Um deles, Daniel Silveira (PSL-RJ), é investigado no inquérito que apura atos antidemocráticos contra o STF e o próprio Congresso e chegou a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.

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    No Twitter, Silveira reclamou: “Acabo de saber que minha retirada da vice-liderança de governo foi pedido do general Ramos para alocar deputados do Centrão. Estranha essa relação de homens tão próximos manobrarem enfraquecimento da base do presidente. Ser líder só tem ônus, mas ao menos que seja alguém de honra”, afirmou.

    Outro afastado foi Otoniel de Paula (PSC-RJ), que na segunda-feira 6 publicou um vídeo no qual chama o ministro Alexandre de Moraes de “lixo”, “esgoto do STF” e “latrina da sociedade brasileira”. Um baita tiro no pé do governo, que tenta a todo custo se aproximar do magistrado, responsável por duas investigações que incomodam Bolsonaro e seus aliados: o inquérito das fake news e o dos atos antidemocráticos.

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    Também foram retirados de seus cargos os deputados Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO) e José Rocha (PL-BA). Para os seus lugares, foram indicados Diego Garcia (Podemos-PR), Carla Zambelli (PSL-SP), Aluisio Mendes (PSC-MA) e Maurício Dziedricki (PTB-RS).

    O primeiro deles, no entanto, Diego Garcia, pode mais atrapalhar do que ajudar, já que ele é um desafeto conhecido do parlamentar mais importante da Casa, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Garcia vive criticando o deputado do Rio de Janeiro nas redes sociais e pedindo o seu afastamento do cargo com a hashtag #foramaia (veja abaixo).

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    (Reprodução/Reprodução)
    (Reprodução/Reprodução)
    (Reprodução/Reprodução)

    Na sessão da Cãmara do dia 9 de maio de 2019, durante a votação da Medida Provisória 870, que promovia a reforma administrativa do governo e transferia o Coaf para a alçada do então ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), ele levou uma bronca pública de Maia durante a votação ao chamar o presidente da Casa de “desleal” (veja o vídeo).

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    Garcia vinha criticando os líderes do governo no Congresso, que ele considerava ruins de articulação (veja abaixo). Também já fez críticas públicas ao Centrão, com quem terá que se entender agora que virou vice-líder.

    (Reprodução/Reprodução)

    Católico ligado à Renovação Carismática Católica, ele é árduo defensor de pautas conservadores, como a proibição total ao aborto – uma de suas bandeiras –, e é contra as investigações em andamento e os projetos que tentam coibir a prática de fake news, que considera iniciativas para “calar a boca” dos conservadores.

    Vamos ver o quanto ele vai ajudar o governo agora na sua articulação política. Para começar, terá que se entender com Maia.

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