Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Deputados preveem — e celebram — a redução do número de partidos no país

Regras como a cláusula de barreira e a aproximação das eleições municipais de 2024 deverão forçar a formação de federações, avaliam parlamentares

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 abr 2023, 14h42

A recente criação de um novo “superbloco” no Congresso — com MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC — trouxe à tona o debate de um antigo tema no mundo político: o enxugamento do inchado sistema partidário no país. A avaliação de parlamentares é a de que, com a aproximação das eleições municipais de 2024, deve se acelerar o processo de federações e fusões.

Se, em 2015, o número chegou a um recorde de 35 legendas no país, neste ano o placar não deve passar de 30 siglas, muito graças a minirreformas políticas aprovadas pelo Legislativo de lá para cá. As mudanças começaram a entrar em vigor no próprio ano de 2015, quando passou a valer regra que exigia que legendas em formação reunissem um número mínimo de apoiadores sem filiação a nenhum outro partido em até dois anos. Foi essa a regra que barrou, por exemplo, a criação do Aliança Pelo Brasil, sigla que abrigaria Jair Bolsonaro e aliados quando o ex-presidente estava sem partido após deixar o PSL — ele acabou migrando para o PL.

Já em 2017, entrou em vigor a cláusula de barreira, regra pela qual partidos que não alcancem um desempenho mínimo nas urnas não ficam elegíveis a receber recursos públicos e tempo de propaganda eleitoral. A medida visa coibir, principalmente, as chamadas legendas de aluguel, criadas muitas vezes para fazer uso dos fundos partidário e eleitoral, por exemplo. Outra regra instituída naquele ano foi o fim da possibilidade de coligação entre partidos para a eleição de deputados e vereadores.

Apenas em 2022, a cláusula de barreira exigiu 2% dos votos válidos, com 1% dos votos válidos em pelo menos um terço das unidades da federação ou a eleição de ao menos onze deputados federais em nove das unidades da federação. O endurecimento das regras acabou forçando legendas pequenas a se fundirem ou a formarem federações para fugir do “rebaixamento”. Foi o caso da Rede — que se federou com o PSOL –, do Cidadania — que se uniu ao PSDB –, e do PV e PCdoB, que formaram federação com o PT.

Continua após a publicidade
Com a aproximação das eleições municipais de 2024 e a necessidade de novas alianças, parlamentares avaliam que o número de partidos existentes deverá ser ainda mais reduzido. “Não tendo coligação e tendo candidatura nos grandes municípios, a tendência é os partidos se afunilarem para ter mais tempo de televisão e mais acesso a recurso de campanha”, diz Danilo Forte (União-CE), entusiasta de uma possível federação “programática” entre a legenda e o PP — as siglas estão longe de não passar no sarrafo da cláusula de barreira, vale assinalar.

O governo, que também acompanha com atenção as movimentações na Câmara, como a que levou à criação do novo superbloco, dialoga com os líderes da nova aliança e aponta o problema do inchado número de siglas. “A vantagem dos blocos e, principalmente, da criação das federações, é a correção de um problema do nosso sistema político, que é o grande número de partidos, diz Zeca Dirceu (PT-PR), líder da bancada do partido na Câmar. De fato, há nada menos que 21 legendas com assento na Casa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.