De saída do PDT, quatro deputados votarão a favor da PEC dos Precatórios
Presidente da sigla, Carlos Lupi, diz que conseguiu reverter votos de rebeldes, mas cita quatro parlamentares que estão sendo expulsos ou sairão da legenda

Ao menos quatro deputados do PDT vão manter os seus votos a favor da PEC dos Precatórios mesmo após a reprimenda oficial da legenda e o anúncio do presidenciável do partido, Ciro Gomes, de suspender a sua candidatura ao Planalto em 2022 contra a posição de parte da bancada na análise da proposta.
Na semana passada, durante a madrugada, 15 dos 24 deputados do partido disseram sim à PEC, que é de interesse do presidente Jair Bolsonaro e do Centrão e que, entre outros pontos, adia o pagamento dos precatórios para viabilizar recursos ao programa Auxílio Brasil e às emendas dos parlamentares em ano eleitoral. A PEC, que precisava de 308 votos, obteve apenas quatro a mais – ou seja, sem os votos do PDT, ela não teria passado.
Hoje, após reunião com a bancada, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, disse que conseguiram obter o compromisso de mudança dos votos da maioria dos parlamentares rebeldes, com exceção de quatro deles, que sempre votaram alinhados ao Planalto: Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), Alex Santana (BA) – estes deputados esperam autorização da Justiça para se desfiliarem – e Subtenente Gonzaga (MG), que anunciou que está de saída para outro partido.
Ciro não participou da reunião. “A unidade foi traçada”, disse Lupi ao lado dos deputados André Figueiredo (CE), ex-líder do partido na Câmara, e Wolney Queiroz (PE), atual líder da bancada. Ao contrário da primeira votação, a liderança vai encaminhar agora a orientação de votar “não” na proposta. A ver como os deputados se comportarão na votação em segundo turno, que deve ocorrer ainda nesta terça-feira.