Em um jantar nesta semana, em Joinville, em Santa Catarina, empresários do setor armamentista se mostraram otimistas com o segmento no Brasil, mesmo após o decreto do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que limitou o número de armas e munições para civis e o funcionamento de clubes de tiro.
Mais de 500 empresários, parlamentares e representantes do setor se reuniram antes da abertura da Shot Fair Brasil 2022. Na ocasião, o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, disse que a empresa “nunca deixou de acreditar” e vai continuar investindo no Brasil. “Estamos lançando diversos produtos na Shot Fair Brasil 2023 e entendemos que isso irá motivar o comércio e atender as necessidades dos clientes. Estamos do lado dos lojistas e dos mais de 70 mil profissionais que fazem parte dessa cadeia produtiva. Este é um momento de união e este encontro demostra a importância do nosso segmento, que todos devem respeitar, pois faz parte da cultura e da história do nosso país”, disse.
O presidente da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), Fabio Mazzaro, também anunciou o lançamento de novos produtos em meio às novas regras impostas pelo governo Lula. “Seguiremos apoiando o setor. Continuaremos nos renovando e trabalhando intensamente com o compromisso de oferecer aos clientes produtos de alta performance, empregando tecnologia de última geração. Exemplo disso são os vários lançamentos que estamos apresentando na Shot Fair Brasil 2023”, disse.
O novo decreto, publicado em 21 de julho, reduziu o número de armas permitidas para civis de quatro para duas. A quantidade de munições caiu de 200 para 50 por arma e por ano. Os caçadores poderão ter até seis armas, e os colecionadores, uma de cada modelo, tipo, marca, variante, calibre e procedência. Já os atiradores foram divididos em três níveis — regra já adotada antes e alterada no governo Bolsonaro. O novo decreto também determina que pistolas 9mm, .40, .45 e armas longas e semiautomáticas voltem a ser de uso restrito das forças de segurança. Parlamentares bolsonaristas apresentaram projetos para derrubar as medidas, com a justificativa de que as novas regras afetariam empresários do setor.