Ao longo da pandemia, fazendo uso de sua autonomia para tomar decisões dentro da Cidade Universitária, a reitoria da USP adotou protocolos sanitários mais rigorosos que os do governo do Estado de São Paulo. Exemplo disso foi a demora para liberar o acesso ao campus quando os parques e áreas verdes da capital já estavam abertas. A recente mudança na direção da universidade, agora sob o comando do professor Carlos Gilberto Carlotti Junior, não alterou essa política. No último dia 9, o governador João Doria anunciou a liberação do uso de máscaras ao ar livre no estado. Para a reitoria da USP, no entanto, a regra não vale. No mesmo dia em que o Palácio dos Bandeirantes divulgou o novo protocolo, baseado na expressiva queda de número de casos de contaminação e de óbitos por Covid-19 em São Paulo, a reitoria da USP divulgou o seguinte alerta: “Informamos que, apesar do comunicado do governo de São Paulo, sobre a liberação de máscaras em lugar aberto, a reitoria da USP mantém o uso obrigatório de máscaras para todos os locais. Agradecemos a compreensão e colaboração de todos”. O comunicado da reitoria não explica qual o critério utilizado para a USP seguir na contramão do governo Doria.