Como o ato na Paulista inflamou ambições eleitorais de bolsonaristas
Embalados pela grande adesão de público, pré-candidatos já calculam como capitalizar popularidade do ex-presidente nas eleições deste ano
Embalados pela grande adesão de público ao ato do último domingo, 25, na Avenida Paulista, aliados de Jair Bolsonaro já calculam como deverão capitalizar a popularidade do ex-presidente nas eleições deste ano.
No caminhão de som que foi palco dos principais discursos do dia e que reuniu deputados, senadores e governadores, estava um punhado de pré-candidatos bolsonaristas a prefeituras de importantes capitais brasileiras. Entre eles, vários ex-ministros: da Cidadania, João Roma (PL), que deve se lançar em Salvador; da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), que mira uma candidatura em João Pessoa; e do Turismo, Gilson Machado (PL), que disputará o comando de Recife. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que concorre à eleição, também participou do evento e elogiou o caráter “democrático” da manifestação.
“Essa multidão aqui é prova de que o bolsonarismo está mais vivo do que nunca, e isso com certeza vai nos ajudar nas eleições deste ano”, disse reservadamente um aliado de Bolsonaro à reportagem de VEJA durante a manifestação.
Outro nome próximo ao ex-presidente declarou que as polêmicas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra Israel-Hamas e a fatídica comparação entre a atuação israelense e o Holocausto promovido por Adolf Hitler serão usadas na disputa eleitoral. No ato da Paulista, aliás, uma profusão de bandeiras de Israel foi vista por toda a extensão da multidão. “O Lula deu um tiro no pé. É até estranho vindo de alguém com tanta experiência em política internacional, mas fato é que ele sepultou a candidatura do Guilherme Boulos em São Paulo”, disse o mesmo aliado em referência ao atual principal adversário de Ricardo Nunes à prefeitura.
A cobertura completa realizada pelos colunistas e repórteres de VEJA pode ser acessada no site e no Youtube.
Público
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o cálculo da Polícia Militar é de que 600.000 pessoas se concentraram na avenida — o número sobe para cerca de 750.000, considerando as ruas adjacentes.
Outras projeções, no entanto, indicam um comparecimento bem mais baixo do que o divulgado pelas autoridades paulistas. Pesquisadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), estimam que o máximo de presentes na manifestação foi de aproximadamente 185 mil pessoas, registrados por volta das 15h. O cálculo foi feito com base no método Point to Point Network (P2PNet), algoritmo que identifica o número de cabeças em fotos aéreas tiradas por drones.
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