Com o voto do ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter na prisão o ex-jogador de futebol Robinho, que defendeu Santos, Real Madrid e seleção brasileira, entre outros times, pelo crime de estupro. O ex-atleta foi condenado na Itália pelo estupro coletivo de uma imigrante albanesa em uma boate em Milão, em 2013.
Robinho está peso desde março deste ano, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou todos os recursos apresentados por ele para tentar impedir o cumprimento no Brasil da pena de nove anos de prisão imposta pela Justiça italiana. O ex-atleta, de 40 anos, está em um presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
Robinho recorreu ao STF, com um pedido de habeas corpus, para deixar a prisão, mas conseguiu, por ora, apenas o voto favorável do ministro Gilmar Mendes. Além de Moraes, votaram contra o pedido do ex-jogador os ministros Luiz Fux (relator do caso), Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
“Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à dignidade de todas”, afirmou Cármen, única mulher da Corte, em seu voto.