O Congresso Nacional derrubou nesta sexta-feira, 17, o veto do presidente Jair Bolsonaro ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que destinava 5,7 bilhões de reais para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como Fundo Eleitoral.
Se o veto fosse mantido, o valor ficaria nos mesmos 2,1 bilhões de reais da eleição de 2020. O Fundo Eleitoral, totalmente composto de verba pública, é pago a todos os partidos em ano de eleição, dividido de acordo com a bancada que cada legenda conquistou na última eleição parlamentar (no caso, 2018).
O veto foi derrubado por 317 votos a 143 na Câmara e por 53 votos a 21 no Senado, e isso só foi possível graças à ampla participação dos partidos que integram o chamado Centrão, a base de apoio de Bolsonaro no Congresso.
Com isso, todos os partidos terão quase o triplo para gastar na campanha eleitoral do ano que vem em comparação com o valor de 2020. Mas algumas legendas terão mais o que comemorar porque transformarão uma bolada que já era grande em algo astronômico.
É o caso do PT, partido que tem a maior fatia da verba por ter eleito mais deputados em 2018: a sigla, que ficaria com algo em torno de 201 milhões de reais, agora terá 543,5 milhões para utilizar na campanha na qual a legenda tentará levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de volta ao poder.
Outro que tem o que comemorar é o futuro União Brasil, que sairá da fusão do PSL (segunda maior bancada eleita) e do DEM (sétima): a nova sigla, que ainda precisa ser aprovada pela Justiça Eleitoral, pode abocanhar 865 milhões de reais.