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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Canais bolsonaristas na mira do TSE receberam verba de campanhas de saúde

Perfis foram remunerados por anúncios sobre coronavírus, sarampo e Aids, entre outros, com base em ferramenta do Google que direciona verbas publicitárias

Por Caíque Alencar 14 out 2021, 12h40

O Ministério da Saúde pagou 79.577 reais em anúncios em canais bolsonaristas no YouTube, alguns investigados sob a suspeita de divulgarem fake news, entre o final de 2019 e ao longo de todo o ano de 2020. Os dados, obtidos por VEJA via Lei de Acesso à Informação (LAI), constam na discriminação da pasta de todas as inserções de anúncios feitos por meio do Google AdSense desde janeiro de 2019, início do governo do presidente Jair Bolsonaro – em 2021, o ministério não fez nenhuma campanha para anúncios em redes sociais.

Na lista de canais que mais receberam verba pública estão O Giro de Notícias, que arrecadou 13.119 reais com as propagandas governamentais; o BR Notícias (11.708 reais); o Folha Política (11.464 reais); e o Foco do Brasil (10 491 reais). O canal Brasil Acima de Tudo foi o campeão nos números de inserções de anúncios – foram 38 na soma de todas as campanhas feitas pelo Ministério da Saúde.

Os canais O Giro de Notícias e o Folha Política estão entre os onze que tiveram a sua monetização suspensa este ano em investigação aberta pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob a suspeita de disseminação de fake news sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, conforme mostrou reportagem de VEJA publicada em setembro.

Entre os canais que tiveram a remuneração bloqueada pelo TSE também aparecem o Te Atualizei e o Vlog do Lisboa (veja quadro abaixo).

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As campanhas do Ministério da Saúde que contribuíram com o caixa dos canais bolsonaristas foram sobre o coronavírus, febre amarela, prevenção à gravidez na adolescência, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, prevenção permanente às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), sarampo e influenza.

A remuneração desses sites é feita com base em alguns critérios, entre eles o número de visualizações. Alguns desses perfis, que basicamente divulgam notícias com um viés favorável ao governo Jair Bolsonaro e às teses do bolsonarismo, têm mais de um milhão de inscritos, como o Giro de Notícias (1,26 milhão), o Te Atualizei (1,47 milhão) e o Folha Política (2,6 milhões).

Quando um usuário do Google AdSense cria uma campanha para veicular anúncios, ele não escolhe diretamente em quais canais ele quer que as peças sejam exibidas, mas indica filtros para que um determinado público-alvo seja atingido. Segundo o Ministério da Saúde, “as campanhas foram programadas para impactar usuários da plataforma que se enquadram na segmentação aplicada e que eventualmente consumem conteúdos ali disponibilizados”.

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“Nunca é solicitado que qualquer das campanhas deste Ministério da Saúde tenha seus anúncios apresentados num ou noutro canal ou site especifico”, informa a pasta.

 

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