Caiado diz que direita conservadora está ‘totalmente articulada’
Governador do Goiás disse que todas as pré-candidaturas para 2026 serão respeitadas e negou racha entre lideranças do segmento

Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a direita brasileira está unida. A declaração foi dada por ele ao chegar na manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro por anistia aos condenados pelo ataque do 8 de janeiro, que acontece neste domingo, 6, em São Paulo. Caiado lançou a sua pré-candidatura à presidência na sexta, 4, em um evento em Salvador, e disse que todos os pré-candidatos terão seu espaço. Bolsonaro, mesmo inelegível, pretende também lançar sua candidatura na pendência de recursos judiciais.
“Temos cinco presidenciáveis. Eu, Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Bolsonaro. Vamos respeitar cada pré-candidato. Cada um tem o seu espaço. A direita conservadora está totalmente articulada e totalmente compromissada em resgatar o Brasil”, disse a jornalistas. Ele também pontuou que as candidaturas são diferentes no primeiro e no segundo turno.
A manifestação deste domingo teve a presença de vários governadores. Além dos possíveis presidenciáveis citados por Caiado, também estão na Paulista Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União Brasil-AM) e Mauro Mendes (PL-MT). O governador do Rio, Claudio Castro (PL-RJ), cancelou a participação de última hora por conta das chuvas no estado, que deixaram centenas de cariocas desabrigados. Os governadores que estão na manifestação se reuniram com Bolsonaro antes do evento.
Além da questão da anistia, a manifestação deste domingo é uma forma de Bolsonaro demonstrar força política e se manter no páreo para 2026. Manifestantes levaram um grande batom inflável, em alusão ao caso da cabeleireira Débora dos Santos, que pichou “perdeu mané” na estátua da Justiça na frente do STF e foi condenada a catorze anos de prisão. Recentemente, ela obteve a benesse de ir para a prisão domiciliar por conta dos seus dois filhos, mas seu caso está sendo usado como símbolo da anistia.
O ato também tem vários cartazes com as fotos dos condenados pelo 8/1 comparando seus casos com o filme Ainda Estou Aqui, que conta a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela Ditadura Militar. Há fotos dos radicais presos com o título do filme sobre eles, colocando as duas situações contraditórias no mesmo patamar — lembrando que, os manifestantes do 8 de janeiro estavam defendendo o retorno da ditadura ao apoiar um golpe de estado.