O governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que adiou para 10 de janeiro de 2024 a volta da exigência de vistos de entrada no país para viajantes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. A medida estava prevista para entrar em vigor em 1º de outubro.
A revogação da isenção havia sido anunciada pelo atual governo em razão da falta de reciprocidade desses três países – ou seja, conceder isenção também a brasileiros –, que seria uma tradição nesse tipo de negociação. “Foi dado de graça. Sem reciprocidade. Brasileiros continuaram a precisar de visto”, justificou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, nesta sexta-feira, 8.
A isenção de vistos concedida de forma unilateral pelo então presidente Jair Bolsonaro incluía também o Japão. Em maio, Lula esteve no país oriental e fechou acordo para liberar de vistos os brasileiros que entram naquele país e os japoneses que chegam ao Brasil. A medida recíproca vai entrar em vigor a partir de 30 de setembro.
“No início do governo, por instrução do presidente, restabelecemos os vistos. Chamamos os países para tentar negociar. O Japão aceitou e negociamos. Outros alegaram que não era possível pela legislação de cada um deles”, disse Vieira. Segundo ele, a atual gestão segue disposta a negociar a isenção de visto na base da reciprocidade. “Ou seja, ao país que aceitar que os brasileiros viajem sem visto físico, daremos a mesma vantagem”, afirmou.