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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Boulos recebe o apoio do PCdoB e diz que briga no PSOL foi ‘lamentável’

Deputado disse que tumulto em encontro será apurado e que 'não dá para aceitar pegar um caso isolado e tratar como se fosse atuação do partido'

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 10 Maio 2024, 08h49 - Publicado em 2 out 2023, 19h51
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  • O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) lamentou nesta segunda-feira, 2, a briga entre militantes ocorrida na véspera, durante congresso do partido, em Brasília, e ressaltou se tratar de um caso isolado e dissociado da atuação da legenda. “Toda violência na política ou fora dela é lamentável. O PSOL já soltou uma nota dizendo que vai fazer as apurações necessárias para identificar quem foram os envolvidos, que vão responder internamente. Agora, não dá para aceitar pegar um caso isolado e tratar como se fosse atuação do partido. Não é”, disse Boulos, durante evento em São Paulo em que o PCdoB anunciou apoio a sua candidatura à prefeitura paulistana.

    O parlamentar afirmou que o congresso foi realizado com a participação de mais de 50 mil filiados e mais de 400 delegados, e que a briga ocorreu nos minutos finais do evento. No congresso, o PSOL elegeu uma aliada de Boulos, a historiadora Paula Coradi, para presidir o partido até 2026, com 67% dos votos. Também foi majoritária a proposta de manter apoio ao governo Lula, cuja contrapartida é fundamental para a candidatura de Boulos no ano que vem, e ampliar a possibilidade de alianças para legendas de centro. “O debate foi feito amplamente no congresso do PSOL e não acho razoável que ele fique em segundo plano por causa de um episódio que aconteceu em cinco minutos e que vai ser apurado”, disse.

    Alianças

    Sobre o apoio do PCdoB a sua pré-campanha, Boulos disse que o anúncio — decidido de forma unânime nesta segunda entre os dirigentes municipais da legenda — está longe de ser protocolar, já que a sigla compõe uma federação com o PT. “O fato de um partido estar formalmente numa coligação não quer dizer que ele estará envolvido. Já vimos inúmeros casos disso na história brasileira. Recentes, inclusive”, disse.

    O evento teve a presença de parlamentares e ex parlamentares do PCdoB, como a deputada estadual Leci Brandão e a ex-vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, além de representantes de entidades ligadas a movimentos sociais, como UNE, UEE, Cufa, CTB, UJS, JPL, UPS, União Brasileira das Mulheres, Facesp e MDM. O deputado federal Orlando Silva (SP) enviou um vídeo da Rússia, onde cumpre agenda parlamentar.

    Boulos disse que pretende anunciar apoio de outros partidos, como Rede e PV até o final desta semana. Segundo ele, a intenção é ampliar ainda mais a rede de apoio para além dos partidos de esquerda. “Abrimos discussão com Avante, com o PDT, respeitando os tempos. A eleição é daqui a um ano. Existe tempo para construir. Queremos construir uma frente de partidos, mas queremos construir também uma frente com a sociedade”, disse.

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    O pré-candidato disse que a decisão sobre seu vice só será anunciada no ano que vem e confirmou que será um nome do PT. “Todo mundo sabe a dimensão do PT. É o partido do presidente da República, que já governou a cidade três vezes, que tem o maior número de filiados do país. É natural que o PT, não estando na cabeça de chama, ocupe a vice. Essa é a percepção do conjunto dos partidos com os quais estamos dialogando”, disse. Seu plano é, até janeiro do ano que vem, rodar as 32 subprefeituras da cidade para ouvir e discutir os problemas locais e fundamentar a construção de seu plano de governo.

    Ricardo Nunes

    Ao discursar no evento, Boulos não poupou críticas ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição no ano que vem e deverá ser o seu principal adversário. “Quando faz alguma coisa, faz mal, e com suspeita”, disse, citando o que chamou de “esquema de obras emergenciais” na prefeitura.

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