Bolsonaro também entra na polêmica sobre taxar produtos chineses
Ex-presidente critica Lula e diz que importações ajudam a manter o trabalho dos mais humildes

O ex-presidente Jair Bolsonaro meteu a sua colher na nova polêmica criada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva ao sugerir a taxação da importação de encomendas internacionais de até 50 dólares, medida que pode atingir em cheio os produtos de marcas populares no Brasil como Shein, Shopee e AliExpress.
“Em nosso governo cumprirmos, quando não o zeramento, a diminuição da taxação de produtos que garantem a manutenção de trabalho e vida de todos, principalmente dos mais humildes”, postou o ex-presidente no Twitter.
E aproveitou para emendar outras medidas que adotou para zerar ou reduzir impostos sobre produtos estratégicos, como os de saúde, alimentos e combustíveis. “O governo Lula anuncia aumentos diários de impostos e taxas preocupado em atender interesses escusos se lixando para o bem-estar do povo!”, disse.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1646846251906768897?s=20
A polêmica sobre a taxação surgiu com a decisão da Receita Federal de acabar com a isenção de importação de produtos nessa faixa de preço. Logo depois, o Ministério da Fazenda divulgou uma nota em que descarta remover a isenção do imposto de importação sobre encomendas de até 50 dólares manipuladas de pessoa física para pessoa física.
Como informou o Radar Econômico, a proposta do ministério em conjunto com a Receita Federal é encontrar mecanismos de aprimorar a fiscalização em cima de empresas como a Shein e a Shopee. Segundo o órgão, essas companhias fraudam a tributação ao enviar encomendas como se fossem uma pessoa física ou ao adulterar o valor das notas fiscais para ganhar a isenção. A proposta gerou bastante polêmica, mas foi recebida com aplausos pelas varejistas brasileiras, que podem ser beneficiadas por uma eventual tributação maior sobre as estrangeiras.