Bolsonaro repete Dilma e concede passaporte diplomático a Edir Macedo
Documento garante tratamento diferenciado em aeroportos a líder religioso e empresário
Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) concedeu passaporte diplomático ao bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record. A medida, que também prevê o benefício à sua mulher, Ester Bezerra, foi publicada na edição desta segunda-feira, 15, do Diário Oficial da União.
Não é a primeira vez que o dono da Rede Record e sua mulher recebem o benefício. Em 2011, quando a Universal era uma aliada do governo da então presidente Dilma Rousseff (PT), Edir Macedo também recebeu o documento — com validade de três anos.
Nas eleições de 2018, Macedo declarou apoio a Bolsonaro. A portaria assinada pelo ministro Ernesto Araújo justifica a medida “por entender que, ao portar passaporte diplomático, seu titular poderá desempenhar de maneira mais eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior”.
O documento garante tratamento diferenciado nos aeroportos e alfândegas. Além de não pagar pelo documento, a vantagem mais evidente é a dispensa da revista aqui e em vário países. O portador também não enfrenta filas.