Bolsonaro ironiza erro da PF com joias: ‘Aguardemos outras correções’
Ex-presidente critica delegado responsável pelo caso e cita a investigação envolvendo Adélio Bispo e a facada que recebeu em 2018

O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou no início da noite desta segunda-feira, 8, o erro da Polícia Federal em relação ao valor das joias e outros presentes que ele recebeu em viagem oficial à Arábia Saudta e que lhe renderam o indiciamento em relatório policial divulgado na semana passada.
No relatório, a PF atribuía um valor de 25,3 milhões de reais ao conjunto que teria sido desviado, segundo a acusação feita ao ex-presidente no relatório final da investigação. Depois, a corporação fez uma “errata”, ajustando o valor para 6,8 milhões de reais – leia matéria sobre isso aqui.
“Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas” estão na CEF, Acervo (da Presidência da República) ou PF, inclusive as armas de fogo”, afirma o ex-presidente em suas redes sociais.

Bolsonaro também ironiza, mas cometendo um erro, o delegado responsável pelo caso e pela confusão, Fábio Alvares Shor. “Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o atual Diretor de Inteligência”, afirma na publicação feita nas redes sociais.
O ex-presidente se confundiu. Shor é, na verdade, um delegado que integra a Diretoria de Inteligência da PF, mas não é o seu diretor – o ocupante do cargo é Rodrigo Morais Fernandes.
Adélio
Por fim, o ex-presidente aproveita para ressuscitar, mais uma vez, a investigação envolvendo a facada que recebeu em setembro de 2022, durante campanha em Juiz de Fora, desferida por Adélio Bispo. “Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: “quem foi o mandante?”, afirma.
A Polícia Federal já encerrou o caso e concluiu que o autor da facada agiu sozinho, mas o bolsonarismo, volta e meia, traz de novo o assunto à tona, especialmente quando Bolsonaro está acuado por algum fato novo. Segundo o relatório, divulgado no último dia 11 de junho pela PF, “houve apenas um responsável pelo ataque, já condenado e preso”.