Na contramão das últimas semanas, nas quais procurou se afastar da imagem de Ricardo Nunes (MDB), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma tímida defesa da candidatura do atual prefeito de São Paulo.
Em live com o vice de Nunes, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), na noite desta sexta-feira, 4, Bolsonaro disse que é “preciso fazer escolhas” e, em uma aparente alusão ao candidato Pablo Marçal (PRTB), criticou o que classificou como “oportunistas” que tentam “cooptar” a direita na capital paulista.
“O Mello Araújo dispensa comentários, ele vai falar aqui por que aceitou ser vice e o propósito, que é lutar, obviamente, pela reeleição do Ricardo Nunes. Temos que fazer opções na vida e por vezes tem gente que não gosta. É natural”, disse. “Quando existem dois turnos, é pra você votar naquele que está na sua cabeça, naquele que você acha que é melhor. E que não seja um sonho de verão”, prosseguiu o ex-presidente. “Acredito que o eleitor de direita pensa muito nisso. Não é um que se apresenta por aí falando que vai fazer e acontecer. E o segundo turno é pra decidir. São Paulo está bastante dividido (…) É só não esquecer: a decisão que a gente vai tomar agora vai valer por quatro anos, para o bem e para o mal”.
Bolsonaro citou a negociação entre o seu governo, em 2021, e a prefeitura de São Paulo, já capitaneada por Nunes, que perdoou a dívida de 25 milhões de reais da cidade com a União envolvendo o Campo de Marte. “Com o atual governo [Lula], nunca sanaria essa dívida. Essa foi uma das minhas experiências com o Ricardo Nunes. Você pode não gostar dele, é um direito todo teu (…) Tem gente de outro partido apoiando gente de outro partido também. Tem muito oportunista também, nesse momento, dizendo que é da direita, que vai unir a direita. Boa sorte em unir a direita”, declarou.