Em meio a uma série de investigações policiais e administrativas sobre os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, um de seus aliados, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) enviou uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), no último dia 26, solicitando informações sobre objetos obtidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.
No pedido, Jordy fez uma série de questionamentos que deverão ser respondidos pelo órgão. Veja abaixo:
“1. Os 9.037 itens recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram devidamente devolvidos?
2. Como estão os processos de apuração e análise por parte do TCU?
3. Quais são os critérios para a considerar os itens como pertencentes ao acervo pessoal? O TCU analisou os itens e se a classificação foi coerente?
4. O TCU também realizou apuração das denúncias envolvendo esses bens e a sua devolução após as constatações realizadas na Operação Lava-Jato?
5. Houve recomendações de devolução dos itens para a União? Se sim, apontar quais foram os itens devolvidos, data de devolução e os valores estimados de cada um deles.
6. Quais itens estão pendentes de devolução para a União? Apontar os itens e os valores estimados de cada um deles.”
O parlamentar bolsonarista justifica o envio das seis perguntas após o TCU informar que dos 9.037 presentes, 559 foram incorporados ao acervo pessoal do atual presidente.
Sobre a questão levantada em relação à Operação Lava Jato, Jordy se refere a um pagamento que a construtora OAS fez para transportar parte dos itens recebidos por Lula após o término do segundo mandato. “Segundo apurado na Operação Lava Jato, a empresa OAS era responsável pelo pagamento do armazenamento do acervo não devolvido pelo presidente. A empresa, segundo consta, chegou a pagar R$ 1,3 milhão para que a transportadora Granero guardasse os presentes não devolvidos”, diz Jordy.