Belém: raro prefeito de esquerda, Edmilson Rodrigues larga atrás para 2024
Um dos quatro nomes esquerdistas a vencer em uma capital em 2020, ele está em desvantagem para o deputado Éder Mauro (PL), segundo o Paraná Pesquisas
Um dos raros políticos de esquerda eleitos em capitais na disputa de 2020, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) deverá ter dificuldades para conseguir um novo mandato no ano que vem, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira, 7, pelo instituto Paraná Pesquisas.
Segundo a sondagem, no principal cenário, Rodrigues aparece em segundo lugar, com 16,6% das intenções de voto, atrás do deputado federal Éder Mauro (PL), que tem 24,0%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em seguida, aparece Everaldo Eguchi, também do PL e também delegado, como Éder Mauro, que tem 9,6% — pelo Patriota, ele foi o segundo colocado na eleição de 2020, quando foi derrotado no segundo turno por Edmilson Rodrigues.
Depois, aparecem os deputados estaduais Thiago Araújo (Cidadania) e Zeca Pirão (MDB), ambos com 9,1%; o senador Beto Faro (PT) e o deputado estadual Igor Normando (Podemos), ambos com 6,5%.
Entre os entrevistados, 13,3% disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum, enquanto 5,2% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu 812 eleitores de Belém entre os dias 2 e 6 de novembro
Avaliação
O desempenho ruim de Edmilson Rodrigues na pré-corrida eleitoral é consequência da má avaliação de sua gestão à frente da prefeitura. Segundo a pesquisa, ela é desaprovada por 71,3% da população e aprovada por apenas 25,9% — outros 2,8% não souberam ou não quiseram responder.
Edmilson Rodrigues está no seu terceiro mandato como prefeito. Antes, quando era filiado ao PT, comandou a cidade entre 1997 e 2004. Em 2005, migrou para o PSOL, onde conseguiu mandatos de deputado estadual e federal. Hoje, tem como vice o petista Edilson Moura.
Em 2020, ele foi um dos quatro prefeitos de esquerda a conquistar uma capital: os outros foram João Campos (PSB, em Recife), José Sarto (PDT, em Fortaleza) e Edvaldo Nogueira (PDT, em Aracaju). O PT teve naquele ano o seu pior desempenho desde que foi fundado e, pela primeira vez, não venceu em nenhuma capital.