Único do PSOL a comandar uma capital de estado, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, terá muita dificuldade para obter um novo mandato, segundo levantamento feito entre os dias 7 e 12 de março pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta quarta-feira, 13.
De acordo com a pesquisa, Rodrigues não lidera nenhum dos três cenários prospectados pelo instituto. No principal deles, ele tem apenas 11,1% das intenções de voto, enquanto o líder da corrida é o deputado federal Éder Mauro (PL), que ostenta 26%. Atrás de Mauro, ainda aparecem o secretário de Esporte do governador Helder Barbalho (MDB), Cassio Andrade (PSB), e o deputado federal José Priante (MDB), ambos com 12,8%.
Na sequência, surgem Edmilson Rodrigues, depois Everaldo Eguchi (que foi ao segundo turno na eleição de 2020), com 9,3%, o deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania), com 9%, e Italo Abati (Novo), com 2,4%. Como a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, Andrade, Priante, Rodrigues, Eguchi e Araújo estão empatados tecnicamente.
Entre os entrevistados, 10,3% disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum, enquanto 6,5% não souberam ou não quiseram responder.
Rejeição
Edmilson Rodrigues também aparece muito mal na pesquisa que sonda a rejeição dos eleitores aos candidatos – nada menos que 55,3% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. O atual líder, Éder Mauro, é rejeitado por 27,6%.
Avaliação ruim
O grande problema para Edmilson Rodrigues até agora tem sido como a população de Belém vê a sua gestão: 75,4% dos eleitores desaprovam a sua atuação, enquanto 22,3% aprovam e 2,4% não souberam ou não quiseram opinar.
Quando questionados sobre como avaliam o governo municipal, 70,4% disseram que ele é ruim ou péssimo, enquanto apenas 12,6% o classificaram como ótimo ou bom – outros 15,4% o consideram regular e 1,6% dos eleitores não souberam ou não quiseram opinar.
União com o PT
Edmilson Rodrigues está no seu terceiro mandato como prefeito de Belém. Além da última disputa, em 2020, ele venceu também as eleições municipais em 1996 e 2000 – nessas duas, ele era filiado ao PT, partido que deixou em 2005, quando se transferiu para o PSOL.
Ainda assim, Edmilson continuou próximo ao PT, com quem fez aliança em 2020 – seu vice é o petista Edilson Moura. A aliança com o petismo, no entanto, é incerta para a disputa deste ano, uma vez que o partido de Lula cogita lançar candidato próprio em Belém.