A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) flexibilizou temporariamente a regra que estebelece os critérios de pureza do oxigênio hospitalar usado no país para atender a demanda no Amazonas. O sistema de saúde do estado entrou em colapso por causa da segunda onda de Covid-19.
Numa decisão assinada pelo seu diretor-presidente, Antônio Barra Torres, a agência acolheu uma solicitação da White Martins para liberar a entrada de cilindros de oxigênio com pureza mínima de 95%. Normalmente, o piso é de 99%. A canetada de Barra Torres vale por 180 dias.
O desabastecimento de oxigênio em unidades de atendimento a pacientes com Covid-19 em Manaus se agravou nesta quinta-feira, 14, e alguns hospitais da capital amazonense já não têm mais o insumo para manter o tratamento dos internados. Houve mortes por asfixia.
Com uma explosão no número de casos do novo coronavírus nos últimos dois meses, o consumo de oxigênio passou de 176.000 para 850.000 metros cúbicos ao mês, segundo o governo estadual, demanda que os fornecedores não têm conseguido suprir. Para tentar frear a curva de casos e mortes, o governo decretou toque de recolher em Manaus entre 19h e 6h.