Tanto o vice-presidente Geraldo Alckmin quanto o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, estão otimistas quanto à pré-candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) à prefeitura de São Paulo. Os dois ex-governadores de São Paulo, ambos filiados ao PSB, apostam que a parlamentar estará no segundo turno da eleição paulistana, mas divergem sobre qual será o seu eventual rival na reta final da eleição.
O vice-presidente avalia que Tabata pode ir para o segundo turno das eleições com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que deve ter os apoios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Já o ministro aposta que a deputada pode ir para essa etapa da disputa ao lado do também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), nome avalizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nunes e Boulos são os principais adversários de Tabata na eleição e podem reproduzir na disputa paulistana a polarização política nacional que se viu nas últimas eleições nacionais. Em evento de lançamento da sua pré-candidatura na quinta-feira 25, na Vila Missionária, zona sul da cidade, ela deixou claro que vai se apresentar como a candidata de centro que pode unir os extremos na cidade. “Polarização não tapa buraco”, disse ao lado de França e com a participação de Alckmin, por vídeo — leia matéria aqui.
Com Datena e Márcio França, Tabata Amaral lança pré-campanha à prefeitura de São Paulo na casa onde cresceu, na zona sul da cidade. No mesmo evento, Tabata disse que tem “mais tempo de mandato e de propostas” do que Boulos, mas teve como foco principal de suas críticas a gestão de Ricardo Nunes. “Nossa aposta está nos indecisos, que ainda não me conhecem”, complementou.
Disputa pelo terceiro lugar
O cálculo do segundo turno depende de que lado podem vir os votos a favor da deputada. Levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas em dezembro passado mostra Tabata em terceiro lugar nas intenções de voto, com 8,9%. O primeiro lugar é de Boulos, com 31,1%, seguido de Nunes, que tem 25,4%. Depois de Tabata, vêm os deputados federais Ricardo Salles (PL-SP), com 8,3%, e Kim Kataguiri (União Brasil-SP), com 5,4% A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos — por essa razão, Tabata está empatada com Salles e Kataguiri.