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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Aécio: ‘Vitória de Datena em SP irá fortalecer centro democrático no país’

Lançamento da candidatura do apresentador a prefeito de São Paulo é tentativa do PSDB de retomar protagonismo político nacional

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2024, 14h45 - Publicado em 5 ago 2024, 11h57

A dois meses das eleições municipais, um personagem promete embaralhar o xadrez político na disputa à prefeitura de São Paulo. O apresentador José Luiz Datena foi oficializado candidato pelo PSDB há pouco mais de uma semana, em uma movimentação que envolve a cúpula nacional tucana e integra um plano, controverso, de resgatar o protagonismo do partido no país.

Reportagem da edição de VEJA desta semana mostra como a última pesquisa Genial/Quaest animou o candidato e o partido: Datena aparece com 19%, numericamente empatado com o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, e apenas 1 ponto abaixo de Ricardo Nunes, o prefeito do MDB que tenta a reeleição. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Um dos articuladores da empreitada, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) comemora os resultados, que embalam a esperança de um retorno do PSDB, fustigado por um encolhimento drástico no Congresso, à elite do poder político. “Datena é uma alternativa ao centro e que pode crescer mais rapidamente do que as pessoas estão imaginando. A vitória dele fortalecerá o caminho do centro, do centro democrático”, diz. 

Leia os principais trechos da entrevista.

O PSDB tem classificado o lançamento de Datena como uma tentativa de se quebrar a polarização Lula vs. Bolsonaro. O que pretende essa candidatura? O que temos hoje é o esforço do PSDB para construir uma alternativa ao Brasil. Nós temos dois polos que se fortaleceram, e grande parte das forças políticas, do espectro partidário brasileiro, está de um lado ou de outro. Há uma junção de partidos em torno do governo Lula por busca de espaço de poder, e o PSDB talvez seja a única força política hoje que manteve a independência. Porque nós nem nos identificamos com várias das pautas do bolsonarismo, com tudo o que diz respeito à democracia e costumes, e muito menos com o PT, nós combatemos as práticas históricas do governo do PT. E São Paulo eu diria que é a única eleição nacional que teremos este ano, pela sua relevância. Fizemos um esforço estratégico desde o início, em São Paulo, de não nos aliarmos nem ao que o lulopetismo representa, que é o Boulos, e nem ao que o bolsonarismo representa, que passou a ser a candidatura do Ricardo Nunes. Queremos dar às pessoas a oportunidade de votar “sim” a um projeto liberal na economia, inclusive do ponto de vista social, que invista na gestão de qualidade.

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Os últimos prefeitos eleitos em São Paulo foram tucanos: João Doria em 2016 e Bruno Covas em 2020. Datena, no entanto, não tem um histórico com o partido. Isso pode ser um problema? O próprio prefeito (Nunes) vai, de alguma forma, buscar se apropriar um pouco dessa narrativa. Mas a candidatura do Datena surge com um potencial eleitoral enorme, e temos dado a ele um contorno de segurança, do ponto de vista de conteúdo programático. O José Aníbal (presidente municipal do partido, oficializado como vice) representa isso. É um dos quadros mais qualificados do PSDB. E ele vai agregar à campanha, porque ele traz a história, os valores, o legado do PSDB. A candidatura do Datena é independente, ele não serve ao projeto nacional de seus padrinhos, como os adversários. A candidatura dele é livre e acredito que, aos poucos, vai se aproximar do PSDB, e as pessoas vão começar a ver isso. A tendência é que ele ganhe musculatura. 

O senhor mencionou que São Paulo acaba sendo palco de uma disputa nacional. A candidatura do Datena é um prelúdio para 2026, dentro do que o PSDB prega, de ser um farol da oposição, de se aumentar a bancada de deputados e de senadores? Sem dúvida alguma. Da mesma forma que uma vitória eventual do Boulos fortalece o projeto do PT do Lula e a do Ricardo Nunes fortalece o da direita bolsonarista, a vitória do Datena fortalece o caminho do centro, do centro democrático. Por isso estamos empenhados em dar a ele substância, informações. Porque a popularidade ele já tem, o carisma é dele, a história de vida é dele. Hoje o Datena tem tudo para ganhar a eleição. 

A pesquisa Genial/Quaest mostra um crescimento dele e um recuo dos adversários. Ele vai tirar votos dos dois lados. Uma parcela de quem votou no Lula, inclusive tucanos, ex-tucanos, eleitores historicamente nossos, votou porque estava com a ferida do Bolsonaro. E uma parcela que votou no Bolsonaro votou porque não queria o PT de volta. Isso se reflete também no quadro de São Paulo. As pessoas vão percebê-lo como uma alternativa ao centro, correta, com qualidade, que vai dar continuidade às gestões do PSDB, ao legado do PSDB. Acho que ele pode crescer mais rapidamente do que as pessoas estão imaginando.

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