O agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que não se surpreendeu com o deboche de Eduardo Cunha, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o seu mandato, na terça-feira, 16. “Tchau, querido”, postou Cunha. “Outro dia, o Cunha encontrou um amigo em comum no elevador da Câmara e falou ‘vamos cassar o Deltan’. E na terça a promessa do Eduardo foi finalmente cumprida”, diz o ex-procurador. “Ele está todo dia aqui na Câmara e tem relacionamentos com muitos parlamentares com poder aqui dentro”.
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Deltan teve sua candidatura cassada após o TSE entender que ele não poderia ter pedido exoneração do Ministério Público Federal para se candidatar ao cargo de deputado, pois pesavam contra ele quinze processos administrativos que poderiam resultar em punição administrativa. Caso isso ocorresse, ele estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “O recorrido agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou uma série de atos para obstar processos disciplinares contra si, e, portanto, elidir a inelegibilidade”, afirmou Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, após receber o caso da primeira instância.
O ex-procurador nega que fosse alvo de processos que pudessem culminar com sua inelegibilidade e vai recorrer ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal.