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A resposta do PL sobre a invalidação das urnas no primeiro turno

Partido de Jair Bolsonaro entrou com ação no TSE pedindo anulação de parte dos votos

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 nov 2022, 17h17 - Publicado em 23 nov 2022, 16h24

O Partido Liberal (PL) respondeu nesta quarta-feira, 23, à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que a legenda afirmasse se quer anular também os votos do primeiro turno das eleições presidenciais. No dia anterior, o PL, partido do presidente derrotado Jair Bolsonaro, alegou erros na contabilização de parte das urnas no segundo turno e solicitou o cancelamento dos respectivos votos. Na sequência, Moraes deu um prazo de 24 horas para que o partido respondesse se aceita ou não a inclusão da primeira fase eleitoral, sob pena de indeferimento. A alegação do ministro foi que os mesmos aparelhos foram usados nas duas rodadas de votações.

Agora, o PL afirma que pretende a análise apenas do segundo turno para evitar “tumultos”. “Neste momento embrionário, estender a verificação extraordinária pretendida também para o primeiro turno parece ser medida açodada especialmente porque, como efeito prático, traria a própria inviabilidade da medida ora pretendida, em razão da necessidade de fazer incluir no polo passivo da ação todos os milhares de candidatos que disputaram algum cargo político nessas eleições, bem como seus partidos, coligações e federações”, diz a legenda. “Essa medida – não há como negar – traria grave tumulto processual e, repita-se, inviabilizaria a realização da verificação requerida.”

Leia o documento do PL enviado a Moraes

Uma auditoria contratada pelo partido teria compilado todos os dados de identificação de urnas no Brasil e notou que modelos fabricados antes de 2020 apresentavam códigos com números que seriam repetidos. Segundo Carlos Rocha, engenheiro representante do Instituto Voto Legal, que fez a auditoria, a suposta inconsistência teria sido identificada em cerca de 279.000 urnas, o que seria equivalente a 59,2% dos equipamentos que compõem o sistema de votação do TSE.

“Nessas urnas, infelizmente, encontramos esse número inválido na quarta coluna do arquivo de log. Esse é um indício muito forte de falha, de mal funcionamento da urna por ser impossível associar o registro de cada atividade ao hardware, o equipamento físico, daquela atividade”, disse Rocha.

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Agora, o ministro Alexandre de Moraes vai dizer se aceita ou não o pedido do partido.

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