A ineficácia do ‘partido da cloroquina’ nas eleições
Candidatas que defenderam o tratamento comprovadamente ineficaz contra a pandemia não conseguiram se eleger
Candidatas conhecidas por defenderem o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 e pela pregação antivacina em plena pandemia saíram derrotadas das urnas neste domingo, 2.
Defensora do chamado “tratamento precoce” com hidroxicloroquina, a médica Nise Yamaguchi (PROS) ficou conhecida nacionalmente durante a CPI da Pandemia, acusada de participar de um gabinete paralelo no Ministério da Saúde, que atuava fomentando políticas de ação contra a pandemia que não tinham respaldo científico. Ela se candidatou a deputada federal por São Paulo e teve 36.690 votos, mas não foi eleita.
Conhecida como “capitã cloroquina”, Mayra Pinheiro (PL), ex-secretária do Ministério da Saúde, também não teve sorte na disputa pela Câmara dos Deputados. Ela tentava uma vaga pelo Ceará e conseguiu 71.214 votos.
As duas foram alvos de pedidos de indiciamento pela CPI da Pandemia.
Por outro lado, o senador Marcos Rogério (PL), um dos mais ativos membros da tropa de choque bolsonarista na CPI, vai disputar o segundo turno em Rondônia contra o governador Marcos Rocha (União Brasil).